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Astronautas de nave da Boeing veem novas fronteiras comercias para o espaço

22 ago 2019 - 14h24
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Uma tripulação veterana de astronautas e aviadores norte-americanos está treinando em Houston para uma missão tripulada à Estação Espacial Internacional a bordo da nova nave espacial Starliner da Boeing, que também pode ser usada para levar turistas ao espaço em futuras missões.

01/07/2019
REUTERS/Mike Blake - RC12D527F310
01/07/2019 REUTERS/Mike Blake - RC12D527F310
Foto: Reuters

A missão da Boeing Starliner foi originalmente programada para este mês, mas foi adiada para pelo menos o final do ano ou para 2020 devido a problemas técnicos em meio a um abalo no alto escalão da agência espacial.

A Boeing e a rival SpaceX estão competindo para se tornar a primeira empresa privada a retomar as viagens espaciais humanas a partir de solo norte-americano após o programa do ônibus espacial que foi encerrado em 2011.

A Nasa tem confiado há anos em foguetes e espaçonaves russas para transportar pessoas para a estação espacial. O laboratório de ciência e engenharia de 100 bilhões de dólares, orbitando 400 quilômetros acima da Terra, foi permanentemente ocupado por tripulações rotativas de astronautas e cosmonautas desde novembro de 2000.

A Nasa está pagando à SpaceX e à Boeing quase 7 bilhões de dólares para construir sistemas de lançamento de foguetes e cápsulas para transportar astronautas para a estação espacial.

A Reuters recebeu um raro acesso no Centro Espacial Johnson de Houston aos astronautas da Nasa Nicole Mann e Mike Fincke, e ao astronauta e piloto de testes da Boeing, Christopher Ferguson, que tripularão a missão da ISS, juntamente com outros astronautas treinando para futuras missões.

Os exercícios incluíam treinamentos subaquáticos para simular passeios espaciais, responder a emergências a bordo da estação espacial e praticar manobras de atracação em um simulador de voo.

ASTRONAUTAS

Ferguson, um ex-astronauta da Nasa e capitão aposentado da Marinha dos EUA, que ajudou a projetar a maneira como a tripulação interage com a Starliner autônoma, vai liderar sua viagem inaugural.

"Eles (a Boeing) sabiam o quão grande a nave seria, como ela seria alimentada, mas realmente não tinham pensado muito sobre como o interior seria e como a tripulação interage com um veículo que foi projetado para operar automaticamente", disse Ferguson.

Será a primeira viagem ao espaço de Mann, 42 anos, ex-piloto de combate da Marinha, que disse estar ansiosa pelo entusiasmo que uma nova missão de tripulação norte-americana para o espaço criaria entre uma geração jovem que não cresceu assistindo o programa Apollo e missões de transporte como seus pais e avós fizeram.

"E então eu acho que vai ser enorme para os norte-americanos. Vai ser enorme para a geração mais jovem nos ver lançando de solo americano, que estamos trazendo empregos e indústrias de volta para os Estados Unidos.

A missão da Starliner servirá de base para o programa de voos comerciais da Boeing, que inclui o transporte de passageiros e cargas para a estação espacial, levando turistas ao espaço, disse Fincke, astronauta veterano da Nasa que completou três voos espaciais.

"Até agora, só tivemos cerca de 500 pessoas indo ao espaço. Esperamos que, nos próximos 10 anos, passaremos de 500 para 5 mil. E nos próximos 20 anos, talvez 50 mil ou mais", disse o ex-coronel da Força Aérea que serviu como oficial de ciências e engenheiro de voo em uma missão de seis meses na estação espacial.

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