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ARCommerce é nova aposta para impulsionar o varejo online

O varejo digital precisou adotar ferramentas que fornecem uma melhor experiência de compra.

26 abr 2022 - 02h00
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Foto: Adobe Stock

Misturar o mundo físico com o virtual já foi coisa de ficção científica, mas hoje é uma realidade disponível e está ao alcance de todos. A constante transformação digital permite que novas tecnologias teçam a linha tênue entre esses dois universos, de modo que, por meio dos dispositivos celulares, seja possível fazer uma verdadeira imersão no ambiente online.

Ao longo da quarentena, o digital se tornou a principal ponte de conexão entre consumidores e marcas, surtindo efeito direto nos números de e-commerce. Prova disso é que apenas no primeiro trimestre de 2021, o e-commerce brasileiro registrou 78,5 milhões de compras online ― um aumento de 57,4% em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com dados do relatório da NeoTrust, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce.

Um outro estudo, agora desenvolvido pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), em parceria com o Instituto Qualibest, a adoção de meios de pagamento como apps e carteiras digitais foi acelerado pela pandemia, como a implantação do Pix, QR Code e cashback.

Nesse contexto, o varejo digital precisou adotar ferramentas que fornecem uma melhor experiência de compra sem que o cliente precise se deslocar até a loja física. É aqui que a realidade aumentada surge como uma solução inovadora, funcionando da seguinte maneira: por meio da câmera do celular é possível entender a estrutura física do local onde o consumidor está ― chão, paredes, teto etc ― e projetar objetos virtuais super realistas nesse ambiente, como uma TV ou máquina de café, um sofá, cadeira ou um veículo, tudo em tamanho verdadeiro e com cores e detalhes idênticos ao produto real. Dessa forma, o comprador consegue ficar no centro das ações, onde pode fazer análises mais assertivas e detalhadas que trazem segurança e certeza na aquisição de um produto ou serviço.

O ARCommerce, como tem sido chamado, está trazendo aumento muito significativo nas taxas de conversão. A Shopify divulgou um relatório afirmando que produtos com o recurso de RA tem conversão 94% maior do que os itens que não usam a tecnologia. A Nielsen divulgou uma pesquisa que demonstra que hoje, nos Estados Unidos, 51% dos consumidores querem usar Realidade Aumentada para fazer a decisão de compra. No Brasil, a Mobly reportou aumento de 82% em taxas de conversão e 115% no tempo que os clientes passam na página, após implantação da tecnologia.

Uma decorrência também muito significativa está relacionada a diminuição da taxa de retorno de produtos adquiridos com ARCommerce. Para um varejo que trabalha cada vez mais suas margens para se manter competitivo, ter que lidar com custos logísticos, principalmente para produtos pesados e grandes, é um problema bem sério, e ter uma tecnologia que mitiga estas despesas faz uma diferença enorme nos lucros. No mesmo estudo citado acima, a Shopify reportou que o uso de visualização 3D e RA diminui a taxa de retorno em 40%.

O cenário não para de crescer. Com o avanço tecnológico, os recursos se tornam cada vez mais acessíveis, aumentando o volume de marcas que oferecem esse tipo de experiências e na outra ponta, o volume de consumidores que estão dispostos a obterem suas demandas em ambiente online sobe exponencialmente. Vale a pena ficar de olho nessa tendência!

(*) Marcos Trinca é CEO da More Than Real, startup brasileira de soluções de realidade aumentada e visão computacional.

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