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Apple publica detalhes técnicos sobre recursos de privacidade

6 nov 2019 - 12h33
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A Apple publicou nesta quarta-feira quatro documentos descrevendo detalhes técnicos de como funcionam alguns recursos de privacidade em seus sistemas operacionais mais recentes.

Logotipo da Apple, na frente de loja da companhia, em Nova York. 16/10/2019. REUTERS/Mike Segar
Logotipo da Apple, na frente de loja da companhia, em Nova York. 16/10/2019. REUTERS/Mike Segar
Foto: Reuters

Os documentos são semelhantes a um guia de segurança que a Apple publica para o sistema operacional iOS dos iPhones. Eles cobrem o aplicativo de fotos da Apple, o navegador Safari, os serviços baseados em localização em seus dispositivos móveis e um serviço para entrar em aplicativos de terceiros lançado este ano que compete com serviços similares do Facebook e do Google.

A Apple não revela o código de seus sistemas operacionais ou software, por isso os pesquisadores de privacidade e segurança usam as descrições publicadas para entender como eles funcionam.

Nos documentos, a Apple descreve como seu novo sistema de login tenta impedir a criação de contas falsas em aplicativos, um problema para quase todos os desenvolvedores de aplicativos com o advento dos bots nas redes sociais.

A empresa usa a tecnologia de aprendizado de máquina que analisa se o usuário do dispositivo pratica "comportamentos comuns do dia a dia, como mudar de um lugar para outro, enviar mensagens, receber e-mails ou tirar fotos", afirmou a Apple.

Isso gera uma pontuação numérica que a Apple combina com os dados de seus servidores para produzir uma avaliação enviada ao desenvolvedor sobre se o criador da conta é um usuário real.

A Apple também descreveu medidas adotadas para impedir que os desenvolvedores de aplicativos contornem regras. Assim, mesmo quando usuários desativam serviços baseados em localização que usam o GPS de um iPhone, os desenvolvedores de aplicativos podem procurar redes wi-fi e dispositivos Bluetooth próximos para aproximar a localização. Os desenvolvedores agora precisam pedir permissão para acessar o Bluetooth, por exemplo, e explicar por que é necessário, disseram os documentos da Apple.

A empresa procurou promover sua abordagem técnica à privacidade como sendo significativamente diferente da de seus rivais. E criticou implícita e explicitamente os concorrentes Google e Facebook, os quais dependem de dados coletados dos usuários para alimentar os negócios de publicidade.

Líderes das rivais disseram que tomam medidas para proteger os dados dos usuários enquanto os usam para ajudar a manter seus serviços gratuitos ou de baixo custo para bilhões de pessoas. O presidente do Google, Sundar Pichai, disse em artigo no New York Times que "a privacidade não pode ser um bem de luxo oferecido apenas para pessoas que podem comprar produtos premium".

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