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Apple pode adiar lançamento do novo iPhone por conta do coronavírus

Segundo relatório, empresa está considerando mudança tanto por conta da cadeia de suprimentos do aparelho como por fraca demanda econômica

26 mar 2020 - 05h11
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Desde 2007, todo ano é assim: na primeira quinzena de setembro, a Apple anuncia uma nova versão do iPhone. Mas pode ser que este ano seja diferente: por conta do coronavírus, a fabricante está considerando seriamente em adiar o lançamento de seu smartphone em alguns meses. É o que publicou nesta quarta-feira, 25, o jornal japonês Nikkei, citando um relatório com fontes próximas à Apple.

Dois são os principais entraves, na visão da empresa comandada por Tim Cook, para lançar um novo aparelho em setembro. O primeiro é a própria cadeia de suprimentos e produção da Apple, bastante dependente da indústria chinesa. Epicentro do coronavírus, o país asiático só começa agora a encerrar medidas de supressão em combate ao vírus, de forma que o ritmo de produção pode não ser suficiente para atender a demanda da americana até o começo do segundo semestre.

Além disso, com o coronavírus afetando a atividade econômica em todo o mundo, há sinais fortes de que haverá uma recessão global - e, consequentemente, menos consumidores com dinheiro no bolso animados para trocar seu celular por um novo iPhone. Vale lembrar que, nos últimos anos, o iPhone mais barato tem custado não menos que US$ 700, enquanto alguns modelos passam de US$ 1 mil.

Ainda não está certo, porém, se a Apple vai mesmo adiar o lançamento nem quanto tempo a empresa vai 'pular' com o novo iPhone. É uma amostra, no entanto, de como o coronavírus tem afetado os negócios. Apesar de ter se diversificado nos últimos anos, a maior empresa do mundo ainda tem a maior parte de sua receita proveniente das vendas do iPhone, e o não-lançamento de um modelo em 2020 pode comprometer sua atuação na temporada. Acima de tudo, o iPhone de 2020 é um modelo bastante esperado pois deveria ser o primeiro aparelho da empresa que teria modem 5G, com compatibilidade à conectividade móvel de quinta geração.

Estadão
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