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Apple é alvo de 'sequestro de dados' e criminosos pedem US$ 50 mi de resgate

O foco do roubo foram os esquemas de engenharia e fabricação de produtos (atuais e futuros) pertencentes à empresa taiwanesa Quanta, que fabrica MacBooks e outros produtos para a Apple

21 abr 2021 - 20h03
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A Apple está sendo alvo de um ataque de "sequestro de dados". Depois de criminosos roubarem projetos de alguns de seus novos produtos, a dona do iPhone está sendo cobrada em US$ 50 milhões pelo resgate das informações. Esse tipo de ataque é conhecido como "ransomware" e foi inicialmente revelado pelo site The Record.

O foco do roubo foram os esquemas de engenharia e fabricação de produtos (atuais e futuros) pertencentes à empresa taiwanesa Quanta, que fabrica MacBooks e outros produtos para a Apple.

Um grupo de hackers russos, chamado REvil, alegou publicamente que havia invadido a Quanta. Eles começaram a postar informações dos projetos da Apple em um site de vazamento um dia antes do primeiro evento de lançamento da empresa em 2021, que aconteceu nesta terça-feira, 20 - na ocasião, a empresa revelou um novo iPad Pro, uma linha de iMacs coloridos, os acessórios AirTags, entre outros produtos.

Em comunicado à agência de notícias Bloomberg, a fabricante Quanta confirmou que seus servidores sofreram violação: "A equipe de segurança de informação da Quanta Computer trabalhou com especialistas de TI externos em resposta a ataques cibernéticos direcionados a um pequeno número de servidores Quanta". A empresa também disse que "não houve impacto material nas operações de negócios".

A Quanta, porém, ainda não deu mais detalhes sobre a invasão. Segundo o site The Verge, as imagens publicadas pelos criminosos traziam desenhos do novo iMac, apresentado pela Apple nesta terça-feira - um sinal de que os documentos obtidos são verdadeiros. As imagens são acompanhadas por um aviso que diz: "Isto é propriedade da Apple e deve ser devolvido".

Os criminosos disseram que estão negociando a venda de grandes quantidades de desenhos confidenciais e gigabytes de dados pessoais com várias marcas importantes, e deram como prazo o dia 1º de maio para a Apple resgatar os dados.

A Apple não comentou o assunto.

Estadão
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