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Apple cede à pressão e permite pagamentos fora da loja de aplicativos

Com a medida, desenvolvedores poderão redirecionar usuários para fora da App Store e escapar das taxas impostas pela fabricante de iPhone

1 set 2021 - 21h41
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Após pressão de concorrentes como o estúdio Epic Games e de governos, a Apple anunciou na noite desta quarta-feira, 1.º, que irá começar a permitir pagamentos fora da loja de aplicativos da empresa, revertendo as políticas internas da companhia, que cobrava até 30% de todas as compras feitas na App Store.

A decisão vem após o encerramento de uma ação judicial da autoridade concorrencial do Japão, que desde 2019 investigava supostas práticas anticompetitivas da fabricante de iPhone. Como parte do acordo, a Apple irá permitir que desenvolvedores da loja de aplicativos da empresa redirecionarem usuários para links externos, onde podem assinar os serviços. Até então, a gigante da tecnologia afirmava que a medida expunha a segurança dos seus usuários.

Aplicativos de músicas, livros, jornais, revistas e vídeo serão os mais impactados pela medida, que poderão escapar da "mordida" da companhia e engordar a receita gerada via iPhone, iPad e Mac e outros dispositivos da Apple. As medidas terão vigor somente em 2022.

A App Store manterá também o sistema interno de pagamentos, que continuará a cobrar taxas dos desenvolvedores.

"Confiança na App Store é tudo para nós. O foco sempre foi em criar um ambiente seguro para os usuários, ajudando-os a achar e usar os ótimos aplicativos nos dispositivos que tanto amam", afirmou Phil Schiller, responsável por supervisionar as regras da loja de aplicativos da empresa.

Não está claro qual pode ser o impacto dessa medida sobre a receita dos serviços da Apple, categoria que tem se expandido com rápida aceleração nos últimos anos e tida como um dos mais fortes pilares no futuro da companhia, ao lado da venda de iPhone.

Estadão
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