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ANÁLISE-Broadcom visa grandes mudanças em práticas de patentes da Qualcomm

21 nov 2017 - 13h54
(atualizado às 14h21)
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Como parte de sua tentativa de adquirir a Qualcomm por 103 bilhões de dólares, a Broadcom tem sinalizado que faria grandes mudanças no negócio de licenciamento da Qualcomm, uma grande fonte de receitas para a companhia, mas também de amargo conflito com reguladores e clientes de peso, como a Apple.

Mas a Broadcom deu poucos detalhes sobre como irá revisar as práticas da Qualcomm. Até o momento, a Qualcomm rejeitou a oferta da Broadcom, dizendo que subvalorizava a companhia e que o acordo enfrentaria obstáculos regulatórios.

Licenças de patentes corresponderam a cerca de 5,1 bilhões de dólares em lucro antes de impostos da Qualcomm para o ano fiscal de 2017, ante 2,7 bilhões de dólares na unidade de chips, que tem duas vezes e meia mais receita.

Portanto, o presidente-executivo da Broadcom, Hock Tan, precisaria combinar cuidadosamente quaisquer mudanças ao programa com cortes de custos em outros lugares, incluindo a área de pesquisa e desenvolvimento da Qualcomm, que tem orçamento de 5,5 bilhões de dólares e é vista como alvo principal por analistas.

Se conseguir comprar a Qualcomm, uma fonte familiarizada com o assunto disse que a Broadcom tentaria manter a parte econômica do negócio de licenciamento ajustando a estrutura de preços entre patentes e o negócio de chips. A companhia também tentaria renegociar contratos com importantes clientes, afirmou a fonte.

Analistas dizem que há três possibilidades para a Broadcom solucionar as questões do negócio de licenciamento da Qualcomm: vender ou fazer uma cisão da unidade, adotar um modelo que cobra uma taxa fixa ou simplesmente cobrar mais pelos chips, usando as patentes como vantagem.

O curso de ação mais provável, de acordo com a analista do Bernstein, Stacy Rasgon, é que a Broadcom encerre a prática de pedir que os clientes de chips paguem taxas de licenciamento e, em vez disso, pedir que paguem um pouco mais pelos chips. Ao mesmo tempo, a Broadcom garantiria acordos de fornecimento de longo prazo, usando o portfólio de patentes da Qualcomm como vantagem, disse ela.

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