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Amazon recompensou equipe apesar do fracasso do Fire Phone

Smartphone da gigante do varejo é um dos maiores fracassos da companhia, que tirou o produto do mercado no ano seguinte ao lançamento

18 mai 2022 - 09h10
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Lançado pela Amazon em 2014 para competir com o iPhone e o Android, o Fire Phone saiu do mercado 13 meses depois como um retumbante fracasso. Mas isso não impediu que a companhia recompensasse as equipes que trabalharam no produto pelo esforço envolvido.

"O time que trabalhou no Fire Phone foi promovido, mesmo depois de o produto ter falhado", declarou Jeff Wilke, ex-executivo da Amazon, no segundo dia da conferência Brazil at Silicon Valley, realizada no Museu da História do Computador, em Mountain View, no coração do Vale do Silício, nos Estados Unidos.

Para ele, que atribui o fracasso à já consolidada liderança da Apple e do Google na área, o aparelho foi um precursor de produtos de hardware da Amazon lançados nos anos seguintes. "Todas as inovações seguintes vieram dessa equipe, que acabou incentivando a criação do Fire TV e Echo, por exemplo", completa. "Eles aprenderam a tornar esses produtos melhores como resultado do fracasso do smartphone."

Porém, conforme noticiou o jornal americano Wall Street Journal sobre a descontinuação do Fire Phone, a Amazon reestruturou a equipe de hardware da companhia, abortou o lançamento de novos produtos (como um tablet de 14 polegadas, um projetor e uma caneta inteligente. Além disso, diz a publicação, a gigante do varejo demitiu "dúzias" de pessoas do Lab126, nome da unidade de dispositivos.

Wilke começou na Amazon em 1999, comandou as operações do negócio e era considerado um dos braços direitos do fundador Jeff Bezos. Em 2020, o executivo abandonou a empresa, onde então era diretor global de experiência do consumidor.

Em julho do ano seguinte, foi a vez de Bezos deixar o cargo mais alto para se dedicar a projetos pessoais, deixando Andy Jassy no lugar.

*Repórter viajou a convite da Brazil at Silicon Valley

Estadão
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