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Amazon diz que apoia transparência em uso de reconhecimento facial

A gigante de tecnologia está na mira de ativistas por causa do uso de um software de reconhecimento facial chamado Rekognition, revelado em 2016; a empresa ainda pondera alguns pontos do projeto de lei sobre o assunto

8 fev 2019 - 12h57
(atualizado às 14h21)
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A Amazon aderiu nesta quinta-feira, 7, a pedidos por transparência no uso da tecnologia de reconhecimento facial. A gigante de tecnologia está na mira de ativistas por causa do uso de um software de reconhecimento facial chamado Rekognition, revelado em 2016.

Em comunicado, Michael Punke, vice-presidente de políticas públicas do Amazon Web Services (AWS), serviço de computação em nuvem da empresa, afirmou que deve haver um aviso sobre quando a vigilância por vídeo e a tecnologia de reconhecimento fácil são usadas em conjunto em locais públicos ou comerciais.

Grupos de direitos civis afirmam que o software Rekognition, da Amazon, é usado por autoridades nos Estados norte-americanos de Oregon e Florida. Para os ativistas, a ferramenta será usada contra imigrantes e minorias raciais.

"Novas tecnologias não deveriam ser proibidas ou condenadas por causa de seu potencial uso indevido. Em vez disso, deveria haver um diálogo aberto, honesto e franco entre todas as partes envolvidas que assegure que a tecnologia seja usada apropriadamente", escreveu Punke, no comunicado da empresa.

Legislação. A Microsoft, que desde julho do ano passado coloca em pauta o assunto da tecnologia de reconhecimento facial, defendendo a adoção de normas de conduta, está em contato com o senador Reuven Carlyle, do Estado de Washington, dos Estados Unidos, para a elaboração de um projeto de lei que regulamente a tecnologia. A informação é da agência de notícias Bloomberg.

Entretanto, a reportagem da Bloomberg afirma que a Amazon, apesar das declarações de Michael Punke, está ponderando alguns termos do projeto antes de apoiá-lo. Carlyle afirmou que um dos pontos que a Amazon quer mudança é o que estabelece que fabricantes de software de inteligência artificial com reconhecimento facial abram os produtos para terceiros que quiserem testá-lo.

O senador Carlyle planeja uma reunião no início da próxima semana para discutir a proposta e convidou empresas e grupos de defesa. Ele espera dar andamento ao projeto no final da próxima semana.

Estadão
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