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Alívio de Trump sobre Huawei impulsiona ações de fornecedores

1 jul 2019 - 13h23
(atualizado às 13h36)
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A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de permitir que empresas norte-americanas vendam produtos de "alta tecnologia" para a Huawei levou investidores asiáticos a comprar ações das fornecedoras da empresa chinesa nesta segunda-feira, mesmo com alguns especialistas questionando o que mudou no posicionamento de Washington sobre a empresa.

REUTERS/Aly Song
REUTERS/Aly Song
Foto: Reuters

A Huawei foi colocada em uma lista negra comercial dos Estados Unidos em maio, que restringe empresas norte-americanas de tecnologia, como a Alphabet, de fazerem negócios com a fabricante de equipamentos de telecomunicações chinesa, vista como um risco de segurança por Washington em meio a tensões comerciais com Pequim.

Trump disse no sábado que a proibição era injusta para os fornecedores dos EUA, que estavam irritados por não poderem vender componentes para a Huawei sem a aprovação do governo. No entanto, ele não disse quais empresas norte-americanas poderiam retomar o fornecimento à Huawei.

Embora os analistas tenham dúvidas sobre o que isso significa para a Huawei, as ações dos fornecedores da empresa saltaram na Ásia nesta segunda-feira, com os investidores vendo os comentários de Trump como um sinal positivo para as vendas de smartphones.

As ações da fabricante de painéis OLED BOE Technology e a Shenzhen Goodix, fabricante de sensores de impressões digitais, subiram 10% para a máxima diária. A Foxconn, a maior montadora de eletrônicos sob encomenda do mundo, e a fabricante de chips TSMC, subiram 3% e 4%, respectivamente.

"É improvável que a aparente mudança de direção da Casa Branca dê à Huawei os produtos de que realmente precisa", disse Richard Windsor, fundador da empresa de pesquisa independente Radio Free Mobile, em nota. "E mesmo que dê, é bem possível que danos graves já tenham sido causados ao negócio de smartphones da Huawei", disse ele.

Depois de dizer durante semanas que tem acesso a tecnologia não-americana suficiente para continuar suas operações, a Huawei disse no mês passado que terá um impacto na receita de 30 bilhões de dólares.

"Nós reconhecemos os comentários do presidente dos EUA sobre a Huawei e não temos mais comentários neste momento", disse um porta-voz da Huawei à Reuters nesta segunda-feira.

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