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Alemanha prevê até 50 bilhões de euros de investimentos em chips na Europa

3 fev 2021 - 14h24
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Países europeus estão planejando apoiar a produção local de hardware de tecnologia com um auxílio direcionado que pode resultar em investimentos globais de até 50 bilhões de euros, disse a Alemanha nesta quarta-feira.

Ministro da Economia da Alemanha, Peter Altmaier. 27/1/2021. Odd Andersen/Pool via REUTERS
Ministro da Economia da Alemanha, Peter Altmaier. 27/1/2021. Odd Andersen/Pool via REUTERS
Foto: Reuters

Alemanha, França e 17 outros países da União Europeia concordaram em unir forças para investir em processadores e tecnologia de semicondutores, essenciais para dispositivos conectados à internet e processamento de dados, em um esforço para alcançar os Estados Unidos e a Ásia.

A participação da Europa no mercado global de semicondutores de 440 bilhões de euros é de cerca de 10%, com a UE contando com chips produzidos no exterior. Essa dependência de chips e outros produtos ficou mais evidente durante a pandemia de Covid-19.

O ministro da Economia alemão, Peter Altmaier, disse durante um painel virtual com o francês, Bruno Le Maire, que espera que o projeto europeu, também conhecido como Projeto Importante de Interesse Comum Europeu (IPCEI), irá gerenciar investimentos globais na indústria de chips de até 50 bilhões de euros.

"Presumo que em todos os países que estão prontos para participar do IPCEI ... vamos obter claramente um montante de dois dígitos de bilhões de euros - e não na faixa inferior, mas sim na faixa média", disse Altmaier.

"Se isso vai ser 50 bilhões de euros no final ou se for mais na direção de 20 bilhões de euros, está além das minhas previsões."

Altmaier estimou que as empresas contribuiriam com entre 60% e 80% dos investimentos globais, com os subsídios estatais dos membros da UE variando entre 20% e 40%.

Empresas podem se candidatar a subsídios enviando seus planos de investimento ao Ministério da Economia alemão até 1º de março. A Comissão Europeia, então, analisará os projetos e tomará uma decisão final até o final deste ano.

Alemanha e França iniciaram projetos semelhantes em outros setores, como células de bateria, computação em nuvem e inteligência artificial para tornar a Europa menos dependente de gigantes da tecnologia dos Estados Unidos e da China.

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