PUBLICIDADE

Alemanha poderá apoiar imposto digital em reunião da UE

12 nov 2018 - 11h26
(atualizado às 11h41)
Compartilhar
Exibir comentários

O ministro das Finanças alemão, Olaf Scholz, disse ser a favor de um acordo vinculativo sobre um imposto digital da União Europeia em uma reunião de ministros das Finanças do bloco em dezembro, e que a Alemanha apoiará a proposta francesa para uma taxa sobre a receita de gigantes de internet.

A França há muito tempo é a principal apoiadora do imposto, mas está cada vez mais frustrada com a hesitação alemã em relação aos detalhes, depois que Berlim concordou, em princípio, com a ideia, em junho.

Ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, durante discurso em Paris, França
29/08/2018 REUTERS/Benoit Tessier
Ministro das Finanças da Alemanha, Olaf Scholz, durante discurso em Paris, França 29/08/2018 REUTERS/Benoit Tessier
Foto: Reuters

"Se as negociações continuarem do jeito que estão indo, ainda estaremos conversando daqui a 100 anos. É por isso que eu apoio o modelo francês e quero garantir o dinheiro para a UE", disse Scholz à revista semanal Der Spiegel nesta segunda-feira.

Depois de meses de negociações, o governo francês disse que apenas Dinamarca, Suécia e Irlanda continuam se opondo a proposta.

A Alemanha, enquanto isso, até agora hesitava sobre um plano de taxar o volume de negócios de gigantes de internet como Google, da Alphabet, e Facebook, que as autoridades da UE dizem pagar injustamente menos impostos do que outras empresas.

A Alemanha convocou no início deste mês uma revisão do plano que excluiria das atividades fiscais propostas para as montadoras, que Paris assegurou que não seriam cobertas.

Em uma concessão significativa, o ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, concordou na semana passada em adiar a implementação do imposto até o final de 2020 e somente se um acordo global sobre o assunto não for alcançado antecipadamente.

Le Maire disse na sexta-feira que a falta de apoio da Alemanha ao imposto proposto na reunião de ministros das Finanças da UE em 4 de dezembro representaria uma quebra de confiança entre os dois países.

Veja também

Andando de lado:
Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade