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Adolescente é preso por ataque hacker ao Twitter; outros dois homens são acusados

No início deste mês, criminosos tuitaram de contas verificadas de nomes como o candidato presidencial democrata Joe Biden, o bilionário Bill Gates

31 jul 2020 - 18h55
(atualizado às 19h49)
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Um adolescente de 17 anos foi preso no Estado da Flórida, nos Estados Unidos, nesta sexta-feira, 31, acusado de participar do enorme ataque hacker contra o Twitter, que permitiu aos criminosos no começo deste mês tuitar de contas verificadas de nomes como o candidato presidencial democrata Joe Biden, o bilionário Bill Gates, o presidente da Tesla Elon Musk e o ex-prefeito de Nova York Mike Bloomberg.

De acordo com o procurador dos Estados Unidos David Anderson, outras duas pessoas também foram acusadas do ataque: além do menor de idade, estão sendo acusados um homem de 19 anos do Reino Unido, e outro de 22 anos de Orlando, na Flórida. O menor foi preso na cidade de Tampa, na Flórida, depois de uma investigação conduzida por investigadores federais e estaduais. A lei da Flórida permite maior flexibilidade do que a lei federal para cobrar menor de idade como adulto em um caso como esse.

O adolescente é acusado de ser o principal comandante da invasão, mas seu nome não foi revelado. Ele deve ter sua primeira audiência diante de um juiz neste sábado. Já o inglês Mason Sheppard está sendo acusado de invasão de computador, fraude e lavagem de dinheiro - nos EUA, ele pode receber uma multa de US$ 250 mil e pena de até 20 anos de cadeia. O outro americano envolvido no crime, Nima Fazeli, está sendo acusado de invasão de computador, e pode receber uma multa de US$ 250 mil além de pena de cinco anos de prisão.

Os dois foram identificados após usarem documentos oficiais para criar contas de corretoras de bitcoin onde parte do dinheiro do golpe teria passado.

O adolescente recebeu mais de 30 acusações, incluindo fraude organizada, roubo de identidade, comunicação fraudulenta e invasão de computadores. Ele está numa cadeia de Tampa. Segundo os documentos da polícia, ele acessou as redes do Twitter com o objetivo de aplicar um golpe, mas ainda não está claro se isso está relacionado com a invasão dos sistemas internos da companhia ou apenas ao roubo de contas. A acusação principal é a de conduzir um esquema fraudulento.

Segundo o Twitter, os hackers visaram 130 contas no ataque. Eles conseguiram reiniciar as senhas, assumir o controle e tuitar por meio de 45 delas. Além disso, registros públicos mostram que os golpistas receberam mais de US$ 100 mil em criptomoedas.

Em publicação na rede social nesta sexta, a empresa afirmou: "Agradecemos as ações rápidas da aplicação da lei nesta investigação e continuaremos a cooperar à medida que o caso avança. De nossa parte, nosso foco é ser transparente e fornecer atualizações regularmente."

Estadão
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