Ações da Daimler caem com denúncia de carros que mascaram emissão de poluentes
As ações da Daimler caíram após reportagem de que até um milhão de carros da empresa têm dispositivos que mascaram o volume de emissão de poluentes, antes de o presidente-executivo Dieter Zetsche se reunir com o ministro dos Transportes.
O jornal alemão Bild am Sonntag disse que até 1 milhão de carros têm um software para enganar testes de emissões em veículos a diesel.
Fabricantes de automóveis usam softwares para gerenciar a filtragem de emissões e o desempenho do motor. O dispositivo pode ser classificado como ilegal se os sistemas de filtragem de exaustão forem desativados cedo demais ou sem um bom motivo.
O ministro dos Transportes alemão, Andreas Scheuer, convocou Zetsche depois que a KBA (autoridade de transportes automotivos do país) descobriu "dispositivos de gerenciamento de emissões inadmissíveis" nos motores Mercedes-Benz.
A Daimler disse que está cooperando de forma transparente com a KBA e o Ministério de Transportes da Alemanha.
A Daimler, como outros fabricantes de carros, usa líquidos de nitrato de ureia para neutralizar as emissões de óxido de nitrogênio nos gases de escapamento. No entanto, a autoridade de veículos automotivos da Alemanha, a KBA, questionou os recursos de controle de emissões em meio a suspeitas de que eles permitem que os veículos emitam excesso de poluição sem detecção.
O escândalo de emissões ronda a indústria automobilística alemã desde setembro de 2015, quando a Volkswagen admitiu usar um software que pode dizer quando um veículo a diesel é testado e temporariamente reduzir suas emissões tóxicas para aprovar as regulamentações dos Estados Unidos.
O escândalo do "dieselgate" custou à VW cerca de 30 bilhões de dólares em multas e outros custos.