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'A Amazon destruiu o varejo do país', diz Secretário do Tesouro dos EUA

Steven Mnuchin criticou principalmente o impacto da Amazon em pequenos negócios nos Estados Unidos

24 jul 2019 - 17h09
(atualizado às 19h21)
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O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Steven Mnuchin, disse nesta quarta-feira, 24, que a Amazon "destruiu a indústria do varejo nos Estados Unidos". Em entrevista a CNBC, ele apoiou a investigação anunciada pelo Departamento de Justiça dos EUA nesta terça-feira, 23, que fará uma revisão sobre as práticas anticompetitivas de empresas de tecnologia. Para Mnuchin, não há dúvidas que essas empresas limitam a competição.

Ele criticou principalmente o impacto da Amazon em pequenos negócios nos Estados Unidos. Em resposta aos comentários de Mnuchin, a Amazon disse que sua plataforma ajuda as pequenas empresas. Além disso, a gigante de tecnologia se defendeu dizendo que suas vendas representam "menos de 4% do varejo dos EUA", e que as lojas físicas ainda dominam o mercado.

A Comissão Europeia também está de olho na Amazon. Na semana passada, reguladores antitruste europeus abriram uma investigação formal contra a empresa, com o objetivo de investigar se a Amazon usa os dados de vendedores de sua plataforma para fazer seus próprios cálculos e obter vantagem em negócios. As autoridades podem chegar a multar a empresa em US$ 23 bilhões.

Google e China

Na mesma entrevista à CNBC, Mnuchin tratou de reduzir outra polêmica presente nesta semana: a de que o Google estaria colaborando com o governo chinês de maneira ilegal. A acusação foi levantada por Peter Thiel, veterano do Vale do Silício e um dos primeiros investidores do Facebook, que compete com a gigante de buscas em vários negócios - o principal deles é o de publicidade online.

Na entrevista, Mnuchin disse que ele e o presidente americano Donald Trump analisaram o trabalho da gigante de buscas e não encontraram nada "que seja questionável". Além disso, o secretário do Tesouro ressaltou que a Alphabet, holding que controla o Google, às vezes colabora com o Departamento de Defesa americano. "Acredito que eles são uma empresa que quer ajudar os EUA a crescerem", acrescentou.

Estadão
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