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Infectados transmitem para mais 2 ou 3 pessoas, diz estudo

Para poder conter a epidemia, medidas de controle teriam que interromper a transmissão em pelo menos 60% dos casos

25 jan 2020 - 16h47
(atualizado às 17h48)
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Cada pessoa infectada com coronavírus está transmitindo a doença para entre duas e três outras pessoas, em média, nas taxas de transmissão atuais, de acordo com duas análises científicas separadas da epidemia.

Equipe médica transfere paciente de um caso altamente suspeito de um novo coronavírus no Hospital Queen Elizabeth em Hong Kong, China 22/01/2020. cnsphoto via REUTERS
Equipe médica transfere paciente de um caso altamente suspeito de um novo coronavírus no Hospital Queen Elizabeth em Hong Kong, China 22/01/2020. cnsphoto via REUTERS
Foto: Reuters

Segundo os cientistas que conduziram os estudos, para poder conter a epidemia, as medidas de controle teriam que interromper a transmissão em pelo menos 60% dos casos.

O número de mortos pelo surto de coronavírus saltou para 42 neste sábado (25), com mais de 1.400 pessoas infectadas em todo o mundo - a grande maioria na China.

"No momento, não está claro se esse surto pode ser contido na China", disse Neil Ferguson, especialista em doenças infecciosas do Imperial College de Londres, que coliderou um dos estudos.

A equipe de Ferguson sugere que até 4.000 pessoas em Wuhan já estavam infectadas em 18 de janeiro e que, em média, cada pessoa infectada estava infectando duas ou três outras.

Um segundo estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, também calculou a taxa de contágio em 2,5 novas pessoas, em média, infectadas por cada pessoa já infectada.

"Se a epidemia continuar inabalável em Wuhan, prevemos que será substancialmente maior até 4 de fevereiro", escreveram os cientistas.

Eles estimaram que a cidade de Wuhan, no centro da China, onde o surto começou em dezembro, terá cerca de 190.000 casos de infecção até 4 de fevereiro, e que "a infecção será estabelecida em outras cidades chinesas, e as importações para outros países serão mais frequentes".

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