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Sonda espacial da Nasa chega a asteroide

3 dez 2018 - 19h17
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Nave coletará amostras do asteroide Bennu, descoberto em 1999 e que ameaça colidir com a Terra no futuro. Viagem até o corpo celeste durou dois anos.Depois de dois anos no espaço, a sonda Osiris-Rex da Nasa chegou nesta segunda-feira (03/12) ao seu destino: o asteroide Bennu. A missão tem com objetivo recolher amostras do de corpo rochoso.

Sonda deve chegar ao ponto mais próximo do asteroide em 31 de dezembro
Sonda deve chegar ao ponto mais próximo do asteroide em 31 de dezembro
Foto: DW / Deutsche Welle

A chegada de Osiris-Rex a Bennu foi saudada com aplausos no centro de controle da Nasa. "Nós chegamos", anunciou o engenheiro Javier Cerna.

A sonda chegou a 19 quilômetros do asteroide com formato de diamante e continuará se aproximando até 31 de dezembro, quando entrará na órbita do Bennu. Nenhuma outra espaçonave orbitou um corpo celeste tão pequeno quanto o asteroide.

Descoberto em 1999 e localizado a 130 milhões de quilômetros da Terra, Bennu, que tem cerca de 500 metros de diâmetro, é conhecido por ser rico em carbono, um composto básico para a vida. Cientistas acreditam que a amostra do asteroide possa conter evidências sobre o início do Sistema Solar, há 4,5 bilhões de anos.

A sonda deve sobrevoar o asteroide por um ano. Nesse período, a Osiris-Rex estudará o corpo rochoso com o objetivo de selecionar um local seguro e cientificamente interessante para recolher em 2020, com o auxílio de um braço robótico, um fragmento de rocha.

O braço robótico, que tem pouco mais de três metros de comprimento, tocará a superfície do asteroide durante cerca de cinco segundos, tempo em que será provocada uma explosão de gás nitrogênio, que causará oscilações na superfície, permitindo a coleta de fragmentos de rocha. Ao todo, só poderão ser feitas três tentativas de coleta.

O pedaço de asteroide, de pelo menos 60 gramas, chegará à Terra dentro de uma cápsula que irá se separar da sonda e está equipada com um escudo térmico e um paraquedas. O retorno da sonda à Terra está previsto para 2023.

Além da Nasa, o Japão trabalha atualmente num projeto semelhante. Desde junho, uma sonda desenvolvida no país está próxima ao asteroide Ryugu, que tem o dobro do tamanho de Bennu. A missão deve retornar à Terra, porém, com amostras bem menores do que a prometida pela Osiris-Rex. Essa é a segunda viagem japonesa a um asteroide. A primeira rendeu partículas minúsculas desse tipo de corpo rochoso.

Tanto Bennu quanto Ryugu são considerados asteroides potencialmente perigosos, ou seja, que poderiam colidir com a Terra. Segundo cientistas, quanto mais esses corpos rochosos forem estudados, melhor o planeta pode se preparar para evitar uma catástrofe.

A missão Osiris-Rex custou 800 milhões de dólares. A sonda foi lançada em 2016 de Cabo Canaveral, na Flórida.

CN/lusa/afp/ap

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