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Síria expulsa "Estado Islâmico" de seu último bastião urbano

9 nov 2017 - 18h32
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Exército anuncia retomada do último grande reduto do EI no leste do país, em ofensiva que marca mais um duro revés para o grupo jihadista, que já chegou a controlar metade do território sírio.O Exército sírio anunciou nesta quinta-feira (09/11) a vitória sobre o "Estado Islâmico" (EI), após retomar o controle no último grande reduto urbano do grupo extremista no país. A ofensiva na cidade de Albukamal, na fronteira com o Iraque, contou com o apoio de milícias xiitas iraquianas.

As forças de segurança sírias entraram no início do dia na cidade, situada na província oriental de Deir ez-Zor, o maior bastião ainda sob controle dos extremistas no país. Da região, os jihadistas enviavam provisões militares aos extremistas no Iraque.

"A libertação de Albukamal tem uma grande importância porque representa o anúncio da queda do projeto do EI na região", destacou o Comando Geral do Exército e das Forças Armadas Sírias, em nota. A recuperação da cidade representa "um avanço estratégico para acabar com o restante dos grupos terroristas com seus diferentes nomes em toda a Síria", acrescentou.

Leia mais: O futuro do "Estado Islâmico" pós-califado

A ofensiva acontece depois de, no último dia 3 de novembro, as forças de segurança iraquianas terem arrebatado do grupo terrorista a comarca de Al Qaim, na fronteira com Albukamal e situada no lado iraquiano.

Com o avanço das tropas, alguns jihadistas fugiram da cidade para pequenas vilas ao longo da fronteira, no deserto próximo a Albukamal. As forças de segurança sírias e seus aliados continuam lutando contra o EI nesta região.

A retomada da cidade, porém, encerra a era de ocupação do "Estado Islâmico", que proclamou um califado em 2014 e conquistou territórios na Síria e no Iraque, espalhando o medo e a violência nas regiões ocupadas. No seu auge, o grupo chegou a controlar mais da metade do território sírio.

Série de ofensivas

Depois de diversas ofensivas, neste ano o regime sírio conseguiu recuperar as cidades mais importantes, incluindo Raqqa, a capital autoproclamada do grupo extremista. O jihadistas também foram expulsos de cidades iraquianas emblemáticas, como Mossul, depois de meses de batalha.

Especialistas em segurança do Ocidente afirmam que a perda de território não significa, no entanto, o fim do EI. Ainda é possível que combatentes remanescentes realizem ataques terroristas.

O EI emergiu em 2006 e ganhou notoriedade em junho de 2014, quando lançou uma campanha militar truculenta e capturou grandes territórios no Iraque e na Síria, culminando na ocupação de Mossul. No final daquele mês, o líder do grupo, Abu Bakr al-Baghdadi, anunciou da histórica Grande Mesquita de Mossul o estabelecimento de um califado.

Na sequência da ascensão do grupo, em 2014, mais de 5 mil cidadãos europeus viajaram ao Oriente Médio para lutar ao lado do "Estado Islâmico". Com a expansão dos extremistas, em 2015, uma coalizão internacional, liderada pelos EUA, foi criada para bombardear alvos do grupo na Síria e Iraque. Desde então, o EI foi perdendo cada vez mais territórios.

CN/rtr/efe/lusa/ap

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