| A liberdade é a principal pauta da SIP |
Sexta-feira, 16 de março de 2001
O encontro da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) reunirá em Fortaleza até a próxima terça-feira 300 executivos de jornais e revistas de todos os países das Américas. Os delegados participantes do encontro vão relatar como está a liberdade de expressão no continente americano - da Patagônia ao Alasca. O último evento da SIP no Brasil ocorreu há 20 anos, na Bahia, coordenado pelo jornal A Tarde.
Desta vez, O Povo estará atuando como empresa anfitriã do encontro. Na oportunidade, as práticas editoriais do O Povo, com sua Carta de Princípios, conselho da Redação, estatuto e exercício de ombudsmato, serão amplamente difundidos entre os membros da SIP. "É uma honra para um jornal com a tradição jornalística do O Povo, afirma o presidente do Sistema O Povo de Comunicação, jornalista Demócrito Dummar.
O evento toma ainda importância maior por ser o primeiro encontro realizado após a aprovação, pela Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), da Declaração de Princípios sobre a Liberdade de Expressão. Isso significa que a OEA, ao incorporar o espírito de Chapultepec - um evento idealizado pela SIP em março de 1994 na Cidade do México - reconhece a necessidade de proteger efetivamente a liberdade de expressão nas Américas, não como uma concessão dos Estados, mas como direito fundamental.
Essa é, segundo Demócrito Dummar, a grande conquista da SIP: "conseguir incorporar em um organismo internacional o seu principal tema, que deverá ter desdobramentos nos relacionamentos internacionais. Sete organizações mundiais que reúnem empresas jornalísticas estarão participando do encontro, que tem um destaque especial pela ênfase que é dada à liberdade de expressão", avalia. No encontro da SIP, uma das presenças confirmada é a de Cláudio Grossman, presidente da Comissão Internacional de Direitos Humanos da OEA, que certamente deverá abordar o assunto.
O presidente do Sistema O Povo de Comunicação avalia que "é muito importante que esse próximo evento ocorra aqui por conta da participação de personalidades formadores de opinião de relevância no meio jornalístico, representando jornais das três Américas, e que, certamente, levarão boa imagem do País". Além disso, para ele, o fato de o evento acontecer no Brasil não deixa de ser, indiretamente, uma sinalização da SIP para o País como um referencial na aplicação da liberdade de expressão no Continente. "Uma entidade do peso e importância da SIP, ao destacar o Brasil, traz ao País e, por extensão ao Continente, toda uma reflexão sobre liberdade de expressão", diz Dummar.
O encontro também enseja seminários de aprimoramento profissional das redações e a oportunidade para conferências como a da secretária de Coordenação da Amazônia do Meio Ambiente, que trará o posicionamento brasileiro sobre a Amazônia, que há muito se tornou tema de reflexão da mídia internacional.
O Povo
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