Segunda-feira, 19 de março de 2001
Vários casos que envolvem crimes contra jornalistas e que continuam impunes foram apresentados ontem pela Comissão de Impunidade da SIP. Ao ser apresentado, o vice-presidente da comissão, o jornalista Gonzalo Marroquín, do jornal Prensa Libre, da Guatemala, pediu a todos que guardassem um minuto de silêncio em homenagem à todos os jornalistas mortos no exercício da profissão.
Atualmente, de acordo com Marroquín, a URR está investigando 10 casos de crimes contra jornalistas. Três deles ocorreram no Brasil. No último período compreendido entre os meses de outubro de 2000 e março de 2001, a comissão, segundo Marroquín, realizou quatro missões especiais em vários países das Américas, inclusive o Brasil, onde tramita um projeto de lei no Senado para tornar as agressões contra jornalistas em crime federal.
A Comissão de Impunidade da SIP criou, em janeiro do ano 2000, uma Unidade de Resposta Rápida (URR), que investiga de forma rápida novos casos de assassinatos de jornalistas. Seu objetivo é determinar se esses crimes foram cometidos ou não por motivos profissionais.
Investiga, também, a impunidade que cerca vários outros casos ocorridos no passado. A partir dessas investigações, a SIP pretende continuar fazendo pressão para que os crimes sejam esclarecidos e, com isso, pretende dissuadir os que cometem atos violentos.
Paulo Barros/O Povo