| Projeto investe na apuração de crimes contra jornalistas |
Sexta-feira, 16 de março de 2001
O projeto Crimes sem Punição nasceu em 1995 com o objetivo de resgatar as memórias dos jornalistas assassinados e de descobrir os fatores sociais e institucionais que se conjugam para que os crimes contra esse profissionais fiquem sem solução. Na época, o projeto selecionou 10 casos de jornalistas assassinados durante o exercício da profissão. Todos foram investigados por uma equipe da SIP e depois publicados em um livro homônimo, em 1997, que se transformaria em uma das mais importantes lutas da instituição.
Hoje, o projeto já cadastra a história de 26 jornalistas de sete países e nos últimos oito anos, a SIP realizou 25 missões relacionadas ao projeto de impunidade, viajando 41 vezes a várias cidades latino-americanas. Participaram dessas comissões 121 pessoas que, além de deixar seus trabalhos por quatro dias - tempo aproximado de cada viagem - pagam por suas despesas de transporte e hospedagem. Calculando uma média de gasto por pessoa em cada delegação, estima-se um total de cerca de US$ 600 mil.
Somados a isto outras despesas particulares associadas ao projeto, tais como gastos com painéis de discussão em cada reunião da SIP ou a representação perante outras instituições, pode-se calcular que os sócios da instituição tenham gasto cerca de US$ 950 mil nesse projeto nos últimos cinco anos. O projeto também é apoiado pela Fundação Knight, dos Estados Unidos.
O conhecimento que a SIP obtém através das investigações e das missões é utilizado em seguida para exercer uma pressão lícita sobre as instituições e governos a fim de que se comprometam a lutar contra a impunidade. Tendo a certeza de que o justo castigo é a única arma persuasiva que pode ser utilizada contra os elementos violentos, a SIP pede que os crimes contra jornalistas não fiquem sem punição.
Paulo Barros/O Povo
|
|
|
Copyright©
1996 - 2001 Terra Networks, S.A. Todos os direitos reservados.
All rights reserved.
|
|
|