| Editor do El Espectador foi morto pelo cartel da droga |
Sexta-feira, 16 de março de 2001
O assassinato de Guillermo Cano Isaza, editor do jornal El Espectador, da Colômbia, por traficantes de drogas, em 1986, sacudiu as bases da sociedade colombiana. Os reis da droga já haviam assassinado o ministro da Justiça, o presidente do Supremo Tribunal e o chefe da polícia nacional, mas o assassinato de um editor de um jornal nacional, em um país no qual editores de jornal freqüentemente têm o mesmo peso que ex-presidentes, quebrou todas as regras. Pablo Escobar Gaviria e o Cartel de Medellín viam o El Espectador como inimigo número 1. A investigação determinou que Escobar foi o mandante do crime.
Vários juízes e funcionários do Poder Judiciário que estavam no caso foram subornados. Um juiz, o pai de uma juíza e o advogado da família Cano foram assassinados. Outro juiz, quatro jornalistas, e dois filhos de Guillermo Cano tiveram que abandonar o país depois de repetidas ameaças de morte. A entrega do jornal em Medellín foi continuamente sabotada.
O gerente-geral e o chefe de distribuição desse escritório foram assassinados. Uma bomba destruiu grande parte da sede central do El Espectador. Criminosos incendiaram a casa de veraneio da família Cano, próxima à cidade de Cartagena. Foi também assassinado o principal suspeito que atirou contra Guillermo Cano e outros integrantes da gangue Los Priscos, contratada pelo Cartel de Medellín para cometer o crime.
O Povo
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