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Senado buscará entendimento para votar fim de PIS/Cofins sobre diesel se isso resolver crise, diz Eunício

24 mai 2018 - 20h02
(atualizado às 21h05)
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O presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), disse nesta quinta-feira que buscará um entendimento para votar na Casa a proposta aprovada na véspera na Câmara dos Deputados que isenta a cobrança de PIS/Cofins sobre o diesel se isso for necessário para acabar com a crise gerada pela paralisação dos caminhoneiros.

Eunício em evento no Palácio do Planalto 4/10/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Eunício em evento no Palácio do Planalto 4/10/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Ao chegar para reunião com líderes, Eunício afirmou ainda a jornalistas que conversou com o presidente Michel Temer sobre a crise e que foi surpreendido pela aprovação da isenção do PIS/Cofins sobre o diesel incluído no projeto de reoneração da folha de pagamento de alguns setores na véspera pelos deputados.

"Eu não estou preocupado com o projeto (da reoneração), de que forma vai ser votado, se agora, mais tarde, amanhã. Quero primeiro resolver a questão que aflige a todos os brasileiros", disse o presidente do Senado ao chegar à Casa.

"Se para isso for necessária a votação do projeto, vamos buscar um entendimento para a votação do projeto", afirmou Eunício.

A reunião de líderes, no entanto, foi suspensa aproximadamente meia hora depois, com a convocação do presidente do Senado ao Palácio, para uma reunião entre ministros e os representantes de caminhoneiros, que promovem protestos e paralisações em todo o país.

Eunício chegou a sugerir, mediante acordo unânime de líderes, uma votação em bloco das medidas provisórias que trancam a pauta.

A oposição, no entanto, pode não se mostrar tão disposta ao acordo. O líder do PT na Casa, Lindbergh Faria (RJ), deixou a reunião de líderes afirmando que seu partido não irá votar a proposta aprovada na véspera pela Câmara porque implica na retirada de recursos para as áreas de seguridade social e saúde.

"Nós não votamos essa do PIS/Cofins não. Não tem jeito", disse.

"Acho que váios senadores terão essa sensibilidade... Está tendo uma devastação social no Brasil hoje, aumento da pobreza. É nesse cenário que nós vamos tirar recursos da seguridade, da saúde?", questionou.

Segundo Lindbergh, o sentimento geral entre os líderes presentes na reunião é favorável a uma votação ainda nesta quinta-feira.

Antes da reunião, o vice-presidente do Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), disse que não via espaço para a Casa votar a medida ainda nesta quinta, e que a matéria pode ser analisada em sessão convocada para a manhã de sexta-feira.

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