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Rússia pede aos EUA libertação de mulher suspeita de espionagem

21 jul 2018 - 15h21
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Moscou afirma que prisão de russa de 29 anos que atuava como ativista pró-armas em Washington foi baseada em "acusações forjadas". Ela foi acusada de tentar se infiltrar em grupos com influência no governo americano.O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, pediu neste sábado (21/07) ao secretário de Estado Mike Pompeo a libertação de uma cidadã russa de 29 anos que foi presa em Washington por suspeita de ser uma agente secreta de Moscou.

A russa Maria Butina, que foi acusada de tentar se infiltrar em organizações americanas, incluindo a influente Associação Nacional do Rifle (NRA).
A russa Maria Butina, que foi acusada de tentar se infiltrar em organizações americanas, incluindo a influente Associação Nacional do Rifle (NRA).
Foto: DW / Deutsche Welle

Segundo Lavrov, a cidadã em questão, chamada Maria Butina, foi presa com base em "acusações forjadas", de acordo com informações do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

"Lavrov destacou que as medidas da administração norte-americana, que prendeu a cidadã russa Butina nos Estados Unidos com base em acusações forjadas, são inadmissíveis e que ela deve ser libertada assim que possível", apontou um comunicado do ministério.

Segundo o Departamento de Justiça dos EUA, Butina, que estudou na Universidade Americana, em Washington, infringiu a lei americana ao não informar previamente às autoridades que estava agindo nos Estados Unidos em nome do governo russo.

Em comunicado, o departamento afirmou que a russa "desenvolveu relacionamentos com pessoas dos EUA e se infiltrou em organizações com influência na política americana, com o propósito de promover os interesses da federação russa".

Entre as organizações estaria a Associação Nacional do Rifle (NRA, na sigla em inglês), grupo lobista da indústria das armas. Butina é conhecida por seu ativismo a favor das armas, tendo fundado o grupo russo pró-arma Right to Bear Arms.

Segundo a acusação, Butina teria organizado jantares em Washington e Nova York e tentado desenvolver relações com políticos americanos para estabelecer linhas de comunicação irregulares entre os dois países a fim de "penetrar o aparato nacional de tomada de decisões dos EUA".

Segundo o jornal The New York Times, Butina também teria tentado intermediar, por duas vezes, reuniões secretas entre o então candidato Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, durante a campanha eleitoral há dois anos.

Na quarta-feira, um juiz dos EUA emitiu ordem de prisão contra Butina após promotores norte-americanos argumentarem que ela tinha laços com a inteligência russa e alertarem sobre uma possível fuga dos Estados Unidos.

Na mesma ligação deste sábado, Lavrov e Pompeo também discutiram formas de melhorar as relações bilaterais em "bases iguais e mutuamente benéficas" depois do encontro entre os presidentes Donald Trump e Vladimir Putin em Helsinque na última segunda-feira (16/07).

Ainda segundo o comunicado do ministério russo, os dois também conversaram sobre ações para melhorar a situação humanitária na Síria e os "desafios" na desnuclearização da península coreana.

JPS/afp/rt/ots

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