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'Rainha do Sararé' é presa suspeita de chefiar garimpo ilegal em terra indígena de MT

Segundo a PF, suspeita tinha uma empresa de fachada para praticar o crime; na casa dela foram encontrados objetos de ouro e diamantes

11 ago 2022 - 23h53
(atualizado às 23h55)
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'Rainha do Sararé' é presa suspeita de chefiar garimpo ilegal em terra indígena de MT
'Rainha do Sararé' é presa suspeita de chefiar garimpo ilegal em terra indígena de MT
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Federal (PF) de Mato Grosso deflagrou a operação "Rainha do Sararé", nome dado em referência a forma em que se autodenominava a suspeita de liderar a associação criminosa que praticava garimpo ilegal na Terra Indígena Sararé, localizada no sudoeste do estado. Além dela, outras duas pessoas também foram presas. Um quarto alvo da investigação segue foragido.

Segundo a Polícia, os integrantes do grupo criminoso tratam-se de uma família originária do estado de Rondônia, que ia ao estado de Mato Grosso para comandar a extração ilegal de ouro na terra indígena. 

A PF divulgou que cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão na cidade de Pontes e Lacerda (MT).

Segundo as autoridades, os presos financiavam a prática do garimpo ilegal de ouro por meio da utilização de maquinários e recrutamento de pessoas. Também comercializavam ouro sem autorização legal e associaram-se com o fim de extraí-lo e comercializá-lo.

A Polícia Federal informa que tem trabalhado na proteção das terras da União e da população indígena local, ao descapitalizar esse tipo de organização que promove a degradação do meio ambiente, desmatando áreas de preservação e contaminando rios e solos.

Quem é a "Rainha do Sararé"

A empresária Marlene de Jesus Araújo, de 47 anos, é quem se autodenominava como "Rainha do Sararé", segundo divulgado por O Globo. Ela é apontada pela PF como a chefe da organização criminosa responsável pela extração ilegal de ouro da Terra Indígena Sararé. 

Conforme o veículo, Marlene e os familiares são de Jaru, município localizado no estado vizinho de Rondônia, e usavam uma empresa de terraplanagem como fachada para a prática do crime. Nas redes sociais, ela anunciava o serviço de aluguel de pá carregadeira através desta empresa.

Na residência de Marlene foram encontradas joias de ouro e diamantes escondidos em papelotes. A suspeita foi presa na última terça-feira, 9.

"A operação teve como objetivo desarticular organização criminosa responsável pelo financiamento da exploração ilegal de ouro, assim como a receptação e comercialização ilegal", disse o delegado Jorge Vinícius Gobira Nunes ao O Globo.

A pá carregadeira dela já chegou a ser apreendida por um fiscal do Ibama durante uma operação feita com a PF, para desocupar garimpos ilegais na terra indígena. Em março deste ano, o advogado da suspeita conseguiu uma liminar na Justiça que determinava a devolução da máquina à empresa dela. 

O Terra tenta localizar a defesa da suspeita. 

Fonte: Redação Terra
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