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Quem pede impeachment de Bolsonaro não representa maioria dos evangélicos, diz Malafaia

Pastor chama religiosos que defendem afastamento do presidente de 'esquerdopatas'

27 jan 2021 - 23h15
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BRASÍLIA - O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, afirmou que os evangélicos favoráveis ao afastamento do presidente Jair Bolsonaro não representam a maioria dos fiéis desse segmento no País. Nesta terça-feira, 26, um grupo de líderes religiosos protocolou um pedido de impeachment contra Bolsonaro na Câmara, sob o argumento de que ele cometeu crime de responsabilidade na pandemia da covid-19.

"Meia dúzia de esquerdopatas evangélicos, apoiadores de corruptos que produziram o maior esquema de corrupção da história política do Brasil, fazendo manifesto de impeachment de Bolsonaro. Não representam nem 0,5% dos evangélicos", escreveu Malafaia, aliado de Bolsonaro, em mensagem postada Twitter. Como o Estadão/Broadcast antecipou, o pedido de impeachment foi assinado por católicos e evangélicos críticos ao governo.

Malafaia também publicou uma nota com o mesmo posicionamento e o título "Esclarecimento à Sociedade Brasileira", assinando como presidente do Conselho Interdenominacional de Ministros Evangélicos do Brasil.

O pastor faz parte de um grupo de líderes religiosos que apoiaram Bolsonaro nas eleições de 2018 e integram a base de apoio do governo. Essa ala, porém, também já esteve próxima de governos do PT.

Os autores do pedido de impeachment admitem que são minoria no segmento religioso. Mesmo assim, o movimento foi feito para marcar posição e mostrar que nem todos os cristãos apoiam as atitudes de Bolsonaro na crise do novo coronavírus.

"Temos a consciência de que nem todas as pessoas das nossas igrejas são favoráveis a esse ato que estamos fazendo, mas é importante destacar essa pluralidade e as contradições que existem no âmbito do cristianismo. Nem todo cristianismo é bolsonarista", afirmou na terça-feira, 26, a pastora Romi Márcia Bencke, representante do Conselho Nacional das Igrejas Cristãs do Brasil.

Estadão
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