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Putin diz que China é aliada e dá apoio na questão de Taiwan

8 nov 2024 - 11h42
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Vladimir Putin, presidente da Rússia, classificou a China, nesta quinta-feira (7), como importante aliada, destacando a relevância das relações entre os dois países no cenário global atual. O russo também declarou apoio à China na questão de Taiwan.

Xi Jinping, presidente da China, e Vladimir Putin, mandatário russo
Xi Jinping, presidente da China, e Vladimir Putin, mandatário russo
Foto: Tass/Reprodução X / Perfil Brasil

Em um discurso transmitido do Mar Negro, Putin ressaltou que a aliança com a China é vital em vários aspectos, incluindo a economia e a segurança.

"Não acreditamos que a China esteja adotando uma política agressiva na região", disse Putin no clube de discussão Valdai, em Sochi. A ideia de fortalecer esses laços sem provocar temores mundiais foi enfatizada pelo líder russo. Desde 2022, a parceria entre Rússia e China tem sido marcada por acordos significativos.

Qual a posição da China em relação a Taiwan?

A questão de Taiwan é um ponto sensível nas relações sino-russas. A China reivindica soberania sobre Taiwan e exerce pressão constante sobre a ilha através de demonstrações militares próximas a seu território.

A Rússia, por sua vez, manifesta suporte às posições de Pequim, descrevendo-as como "razoáveis" diante do cenário geopolítico. Entretanto, essa aliança tem suscitado preocupações sobre possíveis desestabilizações na região.

Putin observou que Taiwan, democraticamente governada, tem buscado apoio da comunidade internacional para lidar com as pressões da China.

Enquanto isso, Pequim reafirma suas reivindicações territoriais, conduzindo exercícios militares que, segundo a Rússia, são equiparáveis às manobras realizadas pelos Estados Unidos juntamente com o Japão.

Como a cooperação China-Rússia afeta a ordem internacional?

O fortalecimento dos laços entre China e Rússia é visto por muitos como um desafio à ordem internacional vigente. Autoridades de Taiwan, por exemplo, apontam que as ações combinadas desses dois atores revelam-se uma contrapartida ao sistema baseado em regras liderado pelo Ocidente. As tensões são perceptíveis, com denúncias de que as manobras sino-russas contribuem para uma ameaça à paz e à estabilidade globais.

Os dois países não declararam uma aliança militar formal, mas Putin e o presidente chinês Xi Jinping assinaram um acordo de parceria "sem limites" em 2022, menos de três semanas antes de Putin enviar suas tropas para a Ucrânia.

Perfil Brasil
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