Alvo de Carlos, Rêgo Barros diz ter "suporte" de Bolsonaro
Atuação de Rêgo Barros vira alvo de ataques de Carlos Bolsonaro e do secretário especial de Comunicação do governo
BRASÍLIA - Novo alvo do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), o porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, afirmou nesta segunda-feira, 22, ter o "suporte" do presidente Jair Bolsonaro para continuar o seu trabalho. Desde a semana passada, Carlos, o filho "02" do presidente, tem feito críticas à realização de cafés da manhã periódicos de Bolsonaro com jornalistas no Palácio do Planalto. O evento é organizado pela equipe do porta-voz. "Conversamos hoje (ontem) pela manhã com o senhor presidente que nos deu suporte a mantermos esse relacionamento com imprensa, a provermos mais cafés da manhã", disse Rêgo Barros.
Para Carlos, porém, os eventos expõem o presidente. "Por que o presidente insiste no tal café da manhã semanal com 'jornalistas'? Absolutamente tudo que diz é tirado do contexto para prejudicá-lo. Sei exatamente o que acontece e por quem, mas não posso falar nada porque senão é 'fogo amigo'. Então, tá, né?! O sistema não parará!", publicou o vereador na sexta-feira, após encontro do presidente com jornalistas de veículos estrangeiros. O evento também já foi alvo de críticas públicas do secretário especial de Comunicação Social, Fabio Wajngarten.
Não critico homens mas modus operandis, me colocando sempre em situações difíceis. Quando a militância espontânea cansar de defender o Governo, que faz um bom trabalho, nada sobrará, pois sua comunicação é e pelo jeito continuará sendo ruim e então seremos massacrados pela mídia. pic.twitter.com/MyKyeGvwkn
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) July 22, 2019
Nesta segunda, Carlos negou que esteja fazendo qualquer tipo de ataque ao porta-voz, mas voltou a criticar o "modus operandis" (sic) da comunicação. "Não critico homens mas modus operandis, me colocando sempre em situações difíceis", escreveu o filho do presidente no Twitter.
Ao ser questionado sobre as falas de Carlos, o porta-voz disse que não iria comentar. Segundo pessoas próximas, ele ficou "chateado" com as críticas e com o resultado do café da manhã de sexta-feira, que foi cercado de polêmicas, como a declaração de Bolsonaro sobre fome no País e desmatamento