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Polícia retoma atividades no Ceará após motim de 13 dias

Secretaria de Segurança do Estado informou que veículos da polícia voltaram a fazer patrulhamentos na capital e no interior.

2 mar 2020 - 12h49
(atualizado às 12h59)
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SÃO PAULO - O sistema de Segurança Pública do Ceará está voltando a normalidade. Após o fim do motim de policiais militares que durou 13 dias, nenhum tumulto ou manifestação foi registrado nesta segunda-feira, 2, após o acordo firmado no domingo.

A manhã desta segunda foi de reorganização. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Estado, uma força-tarefa foi montada para garantir que os veículos policiais que estavam parados voltem ao funcionamento pleno.

Ainda de acordo com o órgão, a Polícia Militar do Estado já voltou a realizar as atividades de patrulhamento tanto em Fortaleza quanto no interior.

O motim de policiais militares no Ceará fez disparar o número de crimes violentos letais intencionais (CVLIs) - que incluem delitos com resultado morte, como homicídio, feminicídio e latrocínio - disparar. Dados oficiais, ainda não consolidados, de fevereiro mostram que, até o dia 26, 386 pessoas foram mortas no Estado. Deste total, 225 mortes aconteceram desde o dia 18, quando a paralisação começou.

Com a consolidação dos dados, que ainda irá somar os assassinatos cometidos nos últimos dias do mês, o número total de mortos no período da paralisação deve aumentar. Apesar disso, as 225 mortes contabilizadas até aqui já representam um número superior ao total de CVLIs registrados em fevereiro do ano passado, quando 164 pessoas foram mortas no Estado.

Carros da PM do Ceará estacionados em frente a batalhão em Fortaleza
21/02/2020
REUTERS/Lucas Moura
Carros da PM do Ceará estacionados em frente a batalhão em Fortaleza 21/02/2020 REUTERS/Lucas Moura
Foto: Reuters

Fim do motim

Os militares que estavam amotinados em sedes de batalhões da corporação aceitaram a proposta apresentada pela Comissão dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, neste domingo ,1º.

O acordo prevê que não haverá anistia aos policias envolvidos na greve ilegal, mas garante o direito dos PMs responderem ao processo sem perseguição, com amplo direito a defesa e ao contraditório, a ser feita por instituições sem ligações com o Estado, como a OAB, o Exército e a Defensoria Pública.

O acordo também prevê que o governo do Ceará não irá transferir os policiais que participaram do motim para trabalhos no interior no prazo de 60 dias.

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