Polícia alemã tem quase 300 mil em sua lista de procurados
Mais de um terço dos nomes são estrangeiros marcados para expatriação. Número de procurados por crimes de motivação política triplicou em um ano, sobretudo na categoria "ideologia religiosa".A polícia da Alemanha tem no momento uma longa lista de procurados: no fim de 2017 ela abarcava 297.820 nomes, revelou neste domingo (29/07) o semanário Welt am Sonntag, com base em dados do Departamento Federal de Investigações (BKA).
Destes, 126.327 eram de estrangeiros designados para serem deportados. No entanto, o Ministério alemão do Interior supõe que uma parte dessas pessoas "já deve ter ido embora", sem que haja registros a respeito. Os demais mandados de captura visavam principalmente criminosos e prisioneiros foragidos, outros serviam à aplicação de penas ou prevenção de riscos.
As autoridades apontaram, ainda, um pronunciado aumento da criminalidade de motivação política, com um total de 4.411 procurados, ou mais do que o triplo do que em 2016. A subcategoria "ideologia religiosa" respondeu por 3.151 mandados de prisão, a maioria contra fundamentalistas islâmicos, enquanto 594 visaram a criminalidade política de direita, e outros 144, a de esquerda.
Armin Schuster, representante dos partidos conservadores União Democrata Cristã (CDU) e União Social Cristã (CSU) na comissão parlamentar do Interior, reivindicou esforços redobrados para que se encontrem os estrangeiros sentenciados a deixar o país.
"Se pretendemos capturar os criminosos sumidos na clandestinidade e elementos a serem repatriados, precisamos aumentar a pressão pela busca. Nesse aspecto, os 'arrastões' policiais são o meio mais eficaz. Os controles extraordinários em torno da cúpula do G7 em Elmau mostraram o potencial de sucesso desse tipo de investigação numa determinada área."
Segundo o ex-policial, apesar de ampla divulgação prévia, naquela ocasião, em 2015, a Polícia Federal conseguiu capturar 135 criminosos sob mandado de prisão, além de mais de mil procurados por outros motivos. O dispositivo das batidas "em arrastão" permite aos agentes controlarem pessoas ou veículos sem que haja suspeita ou motivo concreto.
AV/kna/dpa
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