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PF deflagra operação contra crimes de falsidade eleitoral e lavagem de dinheiro em Minas Gerais

Ação é um desdobramento da Operação Acrônimo, que tem como um dos investigados os ex-governador Fernando Pimentel (PT)

12 ago 2019 - 07h29
(atualizado às 08h35)
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BELO HORIZONTE - A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira, 12, a Operação Monograma, contra crimes de falsidade eleitoral e lavagem de dinheiro em desdobramento de outra operação, a Acrônimo, que tem como um dos investigados o ex-governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT).

O esquema teria movimentado R$ 3 milhões e contou com participação de empresa no Uruguai. Conforme a PF, foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, expedidos pela 32.ª Zona Eleitoral.

Um dos endereços para busca e apreensão da Operação Monograma é o de apartamento de Pimentel, um edifício no bairro Serra, região Centro-Sul de Belo Horizonte. A informação é do advogado do ex-governador, Eugênio Pacelli.

O responsável pela defesa do petista divulgou a seguinte nota: "Estranhamos a medida, que se refere a fatos de 2014. E a Operação Acrônimo já adotou todas as medidas possíveis. Estamos contribuindo, colocando tudo à disposição, apesar do excesso que caracteriza essa busca e apreensão".

A primeira fase da Acrônimo ocorreu em 2015. As investigações que levaram à deflagração da Monograma apontaram, conforme a PF, "possíveis delitos eleitorais, nos quais empresas de consultoria, mediante a simulação de prestação de serviços, teriam sido usadas para o recebimento de vantagens ilícitas em montante superior a R$ 3 milhões".

Provas obtidas pela PF, com base em delação premiada, "indicaram que os valores recebidos decorreram de atuação de agente político em benefício de negócios de empresa brasileira no Uruguai".

Segundo a corporação, "em razão de novo entendimento jurisprudencial, as investigações que anteriormente eram conduzidas pelo Superior Tribunal de Justiça, passaram a tramitar na 32.ª Zona Eleitoral em Belo Horizonte a partir de junho de 2019". Delegados da PF devem conceder uma entrevista sobre a operação às 11h.

Estadão
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