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Para evitar racha no PSL-SP, Bivar renova mandato de Olímpio e executiva

Presidente nacional da sigla tomou a iniciativa para evitar problemas na disputa pela liderança da legenda em São Paulo

9 nov 2018 - 15h52
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O ruído provocado por setores do PSL paulista que disputavam o controle da legenda levou o presidente nacional do PSL, deputado federal eleito Luciano Bivar (PE), a tomar uma decisão monocrática e renovar o mandato da atual direção por 180 dias.

O senador eleito Major Olímpio segue na presidência da sigla ao lado dos 10 atuais integrantes da executiva, que ganhou mais dois lugares - Junior Bozella, deputado federal eleito, e Tenente Nascimento, deputado estadual eleito, ganharam assento no comando partidário. Segundo Olímpio, o diretório ainda tem estrutura provisória e a convenção do partido para criar uma direção definitiva.

O deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro permanece como vice-presidente. Apesar do sucesso nas urnas, com a eleição de 15 deputados estaduais, o clima entre os membros do PSL de São Paulo não é dos melhores.

A disputa pelo controle da sigla no Estado colocou nomes importantes da legenda, como a deputada federal eleita Joice Hasselmann (1.078.666 votos) e Olímpio (9.039.717 votos), em campos opostos. Após saber da informação, Joice desejou sorte: "Espero que o presidente consiga ouvir as vozes descontentes dentro do partido e assim promova a união e pacificação interna. Temos um longo caminho pela frente para dar sustentação ao governo Bolsonaro", disse Joice ao Estado.

Embora negue um racha interno, Joice confirma que teria sido procurada por um grupo descontente com a liderança de Olímpio - e o apoio do senador à candidatura de Márcio França (PSDB). Desse grupo, teria nascido uma lista de possíveis substitutos e futuros presidentes do PSL em São Paulo.

Na lista, estariam o nome da própria Joice e o do irmão do presidente eleito, Renato Bolsonaro - exonerado da Assembleia Legislativa de São Paulo em 2016.

O deputado Junior Bozzella também era um dos nomes cotados para assumir à Presidência do PSL no Estado. Bozzella ascendeu como possível liderança por sua proximidade com Bivar e pela experiência de ter organizado o PSL em São Vicente - e seria a escolha para apaziguar os ânimos entre Joice e Olímpio.

"Não vejo porque trocar o Major Olímpio, que tem trabalhado pelo partido e para fortalecê-lo no Estado. Política não é feita de vaidade ou de ego", disse o deputado. No início da semana, a informação de uma dissidência interna fez com que Olímpio reagisse e dissesse que "a maioria dessas pessoas que reclamam da minha liderança no PSL não sabe sequer onde fica a sede do partido".

Ele também afirmou que Luciano Bivar, presidente nacional da sigla, poderia tirá-lo a hora que quisesse da presidência estadual - e que isso o desobrigaria das funções de organizar o partido localmente.

Estadão
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