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Paquistão pede diálogo sobre explosão na Caxemira e alerta Índia sobre ataque

19 fev 2019 - 09h41
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O primeiro-ministro do Paquistão, Imran Khan, disse nesta terça-feira que o país está disposto a cooperar com a Índia em sua investigação de um ataque a bomba na disputada região da Caxemira na semana passada, que a Índia atribui ao Paquistão, mas alertou para uma retaliação caso seu país seja atacado.

Premiê do Paquistão, Imran Khan, discursa em Kartarpur
28/11/2018 REUTERS/Mohsin Raza
Premiê do Paquistão, Imran Khan, discursa em Kartarpur 28/11/2018 REUTERS/Mohsin Raza
Foto: Reuters

A tensão entre os vizinhos, ambos detentores de armas nucleares, aumentou consideravelmente depois que um ataque a bomba suicida reivindicado pelo grupo militante Jaish-e-Mohammad (JeM), radicado no Paquistão, que matou 40 policiais paramilitares indianos na quinta-feira.

O Paquistão negou qualquer envolvimento e pediu uma intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU). Já o premiê indiano, Narendra Modi, que enfrenta uma eleição em maio, está sendo pressionado para buscar vingança e disse que deu carta branca para uma "reação forte" de suas forças de segurança.

O principal comandante militar indiano na Caxemira disse às mães de filhos militantes que ou eles se rendem ou serão mortos, e as forças de segurança intensificaram a repressão em reação ao ataque mais mortífero contra forças de segurança em três décadas de insurgência na região de maioria muçulmana.

Em um pronunciamento televisionado, Khan disse que o Paquistão está pronto para agir contra qualquer um que se descubra estar por trás do ataque.

"Se vocês tiverem qualquer inteligência acionável de que paquistaneses estão envolvidos, entreguem-na a nós, garanto que agiremos", disse Khan no discurso à nação.

Os militares do Paquistão têm um longo histórico de uso de militantes para atingir objetivos de política externa, e há anos a Índia acusa o país de apoiar militantes separatistas envolvidos em uma revolta de quase 30 anos em seu único Estado de maioria muçulmana.

País muçulmano, o Paquistão vem dizendo há tempos que só oferece apoio moral e diplomático à população da Caxemira em sua busca por autodeterminação, mas jamais dissipou a convicção indiana de que auxilia os militantes.

Khan disse que seu país mudou.

"Estou lhes dizendo claramente que este é um novo Paquistão. Esta é uma nova mentalidade, esta é uma nova maneira de pensar".

"Queremos estabilidade".

O tenente K.J.S. Dhillon, comandante indiano na Caxemira, acusou a principal agência de espionagem paquistanesa de "controlar" aqueles por trás do ataque de quinta-feira e alertou para uma retaliação.

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