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Os desastres que provocaram um drástico aumento nas mortes em acidentes aéreos

Em 2018, foram registrados 15 acidentes fatais com aviões de passageiros, contabilizando um total de 556 mortos.

2 jan 2019 - 09h06
(atualizado às 09h58)
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O ano de 2018 registrou um aumento acentuado nas mortes por acidentes aéreos na comparação com o ano anterior. Um relatório da organização holandesa Aviation Safety Network (ASN) indica que, ao longo do ano, 556 pessoas morreram vítimas de desastres de avião, enquanto em 2017 foram registradas 44 mortes pelo mesmo motivo.

O ano de 2017, inclusive, foi considerado o mais seguro da história da aviação comercial - nenhum dos acidentes registrados envolveu aeronaves que transportam passageiros.

Boeing da companhia Lion Air caiu no mar de Java deixando 189 mortos em outubro
Boeing da companhia Lion Air caiu no mar de Java deixando 189 mortos em outubro
Foto: GETTY / BBC News Brasil

De acordo com a ASN, houve um total de 15 acidentes fatais com aviões de passageiros em 2018.

Entre os mais graves, estão:

- O acidente da companhia Lion Air que deixou 189 mortos em outubro na Indonésia. O Boeing 737 Max caiu no mar de Java, pouco depois de decolar do aeroporto de Jacarta. Foi concluído posteriormente que a aeronave não estava em condições de voar.

- A queda de um avião da empresa Cubana de Aviación que matou 112 pessoas no mês de maio em Havana, capital cubana. A aeronave caiu logo após a decolagem. As investigações apontaram que a causa do acidente foi erro humano.

- O desastre aéreo da companhia Aseman Airlines nas montanhas de Zagros, no Irã, em que 66 pessoas morreram em fevereiro.

- A queda de um avião da empresa aérea US-Bangla no aeroporto de Katmandu, capital do Nepal, que deixou 51 mortos em março.

No acidente da empresa Cubana de Aviación, foi identificado que houve falha humana
No acidente da empresa Cubana de Aviación, foi identificado que houve falha humana
Foto: GETTY / BBC News Brasil

'Enorme progresso'

Apesar do aumento, 2018 está em terceiro lugar no ranking dos anos mais seguros em relação ao número de acidentes fatais, e ocupa a nona posição como mais seguro em termos de número de mortes.

De acordo com a ASN, o cenário melhorou de uma maneira geral nos últimos 20 anos.

A empresa de consultoria em aviação To70 estima que a proporção de acidentes fatais para grandes voos comerciais de passageiros é de 0,36 para cada 1 milhão de voos, o equivalente a um acidente fatal para cada 3 milhões.

A queda de um avião em Katmandu deixou 51 mortos em março no Nepal
A queda de um avião em Katmandu deixou 51 mortos em março no Nepal
Foto: GETTY / BBC News Brasil

"Se o índice de acidentes tivesse permanecido o mesmo de 10 anos atrás, teriam ocorrido 39 acidentes fatais no ano passado", disse o diretor-executivo da ASN, Harro Ranter.

"No ritmo em que a taxa de acidentes estava em 2000, haveria 64 acidentes fatais, o que mostra o enorme progresso em termos de segurança nas últimas duas décadas."

Para a ASN, uma das maiores preocupações de segurança para a indústria da aviação é a chamada perda de controle em voo (LOC, na sigla em inglês).

Acidentes deste tipo são provocados por um desvio irreversível da trajetória de voo prevista, causado por falhas mecânicas, ações humanas ou interferências ambientais.

A maioria destes desastres é fatal, segundo a ASN.

A perda de controle em voo foi responsável por pelo menos 10 dos 25 acidentes aéreos mais graves registrados nos últimos cinco anos.

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