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Onyx diz que reunião com governadores é para aproximação e não discutir dívidas

O ministro extraordinário da transição também destacou que o governo federal precisa de um reequilíbrio nas contas

13 nov 2018 - 22h47
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O ministro extraordinário da transição Onyx Lorenzoni, indicado para chefiar a Casa Civil no mandato do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL), afirmou que é muito cedo para o o futuro governo poder discutir dívidas com Estados. Ele destacou que o governo federal também precisa de um reequilíbrio nas contas. Na quarta-feira, 14, Bolsonaro tem presença confirmada em reunião em Brasília com governadores de diversos eleitos.

"Não, muito cedo (para discutir sobre dívidas), e o governo federal precisa também se reequilibrar. Vamos ser muito cuidadosos e muito atenciosos com os Estados, mas tem um primeiro passo a ser dado. E todo mundo sabe que a dificuldade não é só dos governos estaduais. O governo federal passa por um dos piores momentos na história do Brasil. A gente precisa ter humildade, trabalho e paciência", disse Onyx Lorenzoni na noite desta terça-feira, 13, no lado de fora do edifício onde Jair Bolsonaro está hospedado - o apartamento funcional ocupado pelo filho dele, Eduardo Bolsonaro.

Na visão de Onyx, o encontro nesta quarta-feira será "uma aproximação, um conhecimento mútuo, começa um novo tempo a partir de amanhã". "O primeiro contato do presidente eleito com 20 governadores eleitos", comentou. Ele disse que a mensagem a ser passada aos governadores é de otimismo. "O Brasil vai voltar a crescer, vai gerar mais investimentos, mais empregos e os Estados vão arrecadar mais", comentou.

Onyx não chegou a se reunir com Bolsonaro nesta noite. Foi ao local buscar o senador eleito Flavio Bolsonaro, também filho do militar reformado, para irem a um jantar. O ministro da transição negou que iriam a um jantar na residência do presidente do Senado, Eunício Oliveira.

Mais cedo, Bolsonaro disse que iria à reunião dos governadores. "Vou amanhã ao encontro dos governadores. O que eles querem eu também quero: dinheiro", disse ao chegar ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para cumprimentar o chefe do tribunal. Reclamou que o convite para ver os governadores não passou por ele nem pelo futuro ministro da Economia, Paulo Guedes, mas disse que não iria "decepcionar os governadores."

O presidente eleito disse também que a equipe econômica de seu governo trabalhará pedidos de renegociação de dívida dos Estados, porém destacou que a situação é difícil. "O Orçamento está complicado, mas vamos ver o que for possível fazer nessa questão de renegociação", disse.

Sobre a montagem dos ministérios, que passa por sua supervisão, Onyx Lorenzoni disse que espera chegar a uma definição na quarta-feira em relação ao atual Ministério do Trabalho. Mais cedo, Bolsonaro disse que o órgão vai continuar com estatura de ministério, mas dividindo funções com outra pasta - em uma provável fusão.

"Nós ainda estamos completando o desenho da restruturação ministerial. O presidente tem duas formulações (para o Trabalho) desde a semana passada e está refletindo, amanhã vamos ter uma conversa sobre isso. Nós esperamos que amanhã ocorra definição e a gente apresenta para vocês", disse.

Segundo ele, Bolsonaro está em um processo de escolha. "E aí, claro, a estrutura e as pessoas que são pensadas, tudo isso interfere", disse.

Em relação a nomes para outras pastas, Onyx disse não poder confirmar se haverá anúncios nesta quarta-feira. A possibilidade foi levantada pelo próprio Bolsonaro, sobretudo em relação aos ministérios de Relações Exteriores e Meio Ambiente. "Não sei. Tem que conversar com o chefe. Acho que essa semana ele já anunciou o suficiente", disse o ministro da transição.

Sobre a Reforma da Previdência ter ficado para o ano que vem, Onyx disse que o governo nunca tinha pensado em aprová-la neste ano. "O que a gente sempre disse é que o governo Bolsonaro inicia em primeiro de janeiro de 2019."

Estadão
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