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Onda de calor extremo sufoca a Europa

24 jul 2019 - 13h57
(atualizado às 20h27)
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Termômetros marcam cerca de 40°C no sul e no centro do continente. Recordes históricos são batidos em vários países. Autoridades determinam medidas de emergência, como economia de água e restrição de serviços.A onda de calor que sufoca a Europa se intensificou ainda mais nesta quarta-feira (24/07), com temperaturas em torno dos 40°C na França, Alemanha, Espanha, Holanda, Suíça e Bélgica. A previsão é que a quinta-feira seja ainda mais quente.

Isso ocorre semanas depois de uma onda de calor na Europa contribuir para que o mês passado seja considerado o junho mais quente já registrado no mundo.

A Bélgica ativou o alerta vermelho pela primeira vez em sua história devido às temperaturas em todo o país, exceto na costa. A medida, válida até sexta-feira, é tomada em casos extremos. O país vive suas mais altas temperaturas desde o início dos registros, em 1833.

O termômetro subiu nesta tarde para 39°C no centro da Bélgica, onde as autoridades pediram à população que tome medidas de precaução para evitar insolação e desidratação. Vários serviços da prefeitura de Bruxelas, especialmente aqueles realizados ao ar livre, como limpeza e coleta de lixo, têm ordem de suspender as atividades a partir das 13h na quarta, quinta e sexta-feira.

Na Alemanha, o Serviço Alemão de Meteorologia (DWD) registrou nesta quarta-feira a temperatura mais alta já medida no país desde o início da análise em 1881. Em Geilenkirchen, na Renânia do Norte-Vestfália, os termômetros chegaram a 40,5°C, ultrapassando o recorde histórico de 40,3°C, que foi registrado em Kitzingen, na Baviera, em 2015. Os meteorologistas disseram ainda que o recorde nacional de temperatura pode ser quebrado novamente nos próximos dias.

O serviço de meteorologia holandês comunicou pelas redes sociais que o calor nesta quarta-feira bateu o recorde no país, mantido há 75 anos. Pouco antes das 15h (horário local), foram registrados 38,8°C em Gilze Rijen, no sul, perto da fronteira com a Bélgica.

Na França, quase todo o país esteve em alerta laranja nesta quarta-feira, com temperaturas próximas a 40°C. A capital do vinho, Bordeaux, registrou na terça-feira seu recorde histórico de temperatura, com 41,2°C, segundo o serviço meteorológico francês Météo-France.

Em Paris, os turistas invadiram as fontes para se refrescar. Para oferecer à população outros espaços frescos, a prefeitura da capital francesa abriu salas com ar-condicionado em prédios públicos e ordenou a abertura de parques e jardins à noite.

O pior virá na quinta-feira, quando o termômetro poderá subir para 43°C, especialmente no nordeste da França.

As autoridades francesas impuseram restrições ao uso de água em várias regiões do país devido a uma seca que causou uma queda drástica nos níveis das águas subterrâneas e fluviais.

"No momento, a situação é difícil, embora esteja sob controle, mas precisamos estar muito atentos", disse a ministra francesa do Meio Ambiente, Emmanuelle Wargon, na terça-feira, referindo-se aos níveis nacionais de água. Ela pediu à população que demonstre "responsabilidade cívica", evitando desperdício.

Na Espanha, foram previstas temperaturas máximas de 40°C em grande parte do país, incluindo em Toledo, Aragão e Navarra (norte), Extremadura (oeste) e Andaluzia (sul).

No Reino Unido, o escritório britânico de meteorologia anunciou que o recorde de temperatura no país, de 38,5°C, registrado em agosto de 2004, pode ser superado nesta quinta-feira durante o pico de calor.

A operadora da rede ferroviária britânica, a Network Rail, informou que a velocidade com que os trens operam foi reduzida devido às condições climáticas. "O calor extremo pode fazer com que os cabos aéreos caiam. Diminuímos a velocidade para manter os passageiros seguros quando isso acontece", comunicou a companhia no Twitter.

MD/ap/afp

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