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Xi Jinping enaltece 'verdadeira democracia' de Hong Kong

Presidente foi ao território para posse de novo governo

1 jul 2022 - 09h30
(atualizado às 09h42)
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O presidente da China, Xi Jinping, participou nesta sexta-feira (1º) da cerimônia de posse do novo governo de Hong Kong e das celebrações dos 25 anos do retorno do território ao país. Durante seu discurso, o mandatário enalteceu a "verdadeira democracia" no local.

"A verdadeira democracia iniciou há 25 anos com o retorno dos territórios à pátria-mãe. Isso abriu uma nova época na história", disse Xi reafirmando que Hong Kong "superou muitos desafios" ao longo dos últimos anos, mas que teve um "sólido crescimento econômico".

Assim como havia feito na chegada ao território nesta quinta-feira (30), o presidente chinês voltou a elogiar o "um país, dois sistemas" e disse que "não há necessidade de mudar" a fórmula como o território é gerido porque "é um sistema muito bom e que deve ser mantido no longo prazo".

No entanto, Xi deu um recado claro à população sobre a postura de repressão da China contra as manifestações que peçam por mais democracia, eleições diretas ou independência.

"O sistema socialista é o sistema fundamental da República Popular da China e a liderança do Partido Comunista é a característica distintiva do socialismo com características chinesas. Todos os moradores devem respeitar conscientemente e apoiar o sistema fundamental do nosso país e a plena e fiel atuação da política de 'um país, dois sistemas' que criam imensas oportunidades de desenvolvimento para Hong Kong e Macau", acrescentou.

Por isso, Xi destacou que é preciso manter o poder no território "solidamente nas mãos dos patriotas" e que isso é "essencial para proteger a estabilidade e a segurança no longo prazo".

Além de celebrar os 25 anos do retorno dos territórios das mãos do Reino Unido para Pequim, a cerimônia marcou a posse do novo governador, John Lee. Ele substitui Carrie Lam, responsável pelo governo nos últimos cinco anos.

Essa é a segunda visita de Xi a Hong Kong desde que está no poder e ocorre para marcar o aumento ostensivo da presença de Pequim no território. Depois dos grandes protestos de 2019 por mais democracia, a China apertou o cerco contra os políticos locais - que agora devem jurar fidelidade a Pequim - e instalou agências de segurança e Inteligência no local. Além disso, pessoas que participem de protestos contra Xi Jinping podem ser consideradas terroristas.

As medidas foram alvos de duras críticas ocidentais, que reimpuseram sanções contra a área por conta da violação da política "um país, dois sistemas", que deve perdurar até 2047 e está entre as condições da devolução dos territórios pelos britânicos. .

Ansa - Brasil   
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