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Vice-chanceler italiano diz que governo acabou e pede eleições

8 ago 2019 - 18h48
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O líder do partido do governo italiano, o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini, declarou nesta quinta-feira que não é possível trabalhar com a atual coalizão governista após meses de disputas internas, dizendo que a única maneira de avançar seria com a realização de novas eleições. 

Vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, em Roma
05/08/2019 REUTERS/ Remo Casilli
Vice-primeiro-ministro da Itália, Matteo Salvini, em Roma 05/08/2019 REUTERS/ Remo Casilli
Foto: Reuters

O anúncio surpreendente segue um período de intensas discordâncias públicas entre o partido de direita Liga e seu parceiro de coalizão, o Movimento 5 Estrelas, considerado anti-establishment, colocando a terceira maior economia da zona do euro em um caminho político incerto. 

Salvini disse em nota que havia dito ao primeiro-ministro Giuseppe Conte, que não pertence a nenhum dos partidos da coalizão, que a aliança com o 5-Estrelas havia entrado em colapso após menos de um ano no poder e que "deveríamos rapidamente oferecer novamente a escolha aos eleitores". 

O Parlamento, que está agora em seu recesso de verão, poderia se reunir na semana que vem para tomar os passos necessários, disse Salvini, se referindo à necessidade de uma votação de não-confiança no governo e à renúncia do atual primeiro-ministro.

As tensões entre as duas agremiações chegaram ao ápice na quarta-feira quando os dois partidos votaram em lados opostos no Parlamento em relação a um projeto de uma ligação ferroviária de alta velocidade entre o país e a França. 

O 5 Estrelas atualmente tem mais membros no Parlamento que a Liga, mas o partido de Salvini tem atualmente, de acordo com pesquisas de opinião, o dobro do apoio entre os eleitores, já tendo antes ameaçado capitalizar em cima da alta de popularidade e convocar novas eleições.

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