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Viagem do papa ao Panamá irá destacar imigração, pobreza e direitos humanos

22 jan 2019 - 14h23
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O papa Francisco irá ao Panamá na quarta-feira, onde deve chamar atenção para problemas envolvendo pobreza, imigração e direitos humanos durante reunião de jovens católicos.

Passageiro passa por pôster com a foto do Papa Francisco no aeroporto de Tocumen, no Panamá
22/01/2019 REUTERS/Henry Romero
Passageiro passa por pôster com a foto do Papa Francisco no aeroporto de Tocumen, no Panamá 22/01/2019 REUTERS/Henry Romero
Foto: Reuters

A viagem do dia 23 ao dia 28 de janeiro para celebrar a Jornada Mundial da Juventude será a primeira visita de Francisco à América Central, região envolvida em uma crise migratória à medida que milhares de pessoas tentam seguir para os Estados Unidos em busca de asilo ou empregos.

Quando visitou o México em fevereiro de 2016, Francisco criticou o compromisso do então candidato à Presidência dos Estados Unidos Donald Trump de construir um muro na fronteira do país com o México para conter a imigração ilegal.

"Muitos dos jovens naquela região são imigrantes... acho que podemos esperar referências (à crise migratória) por parte do Santo Padre", disse o porta-voz do Vaticano, Alessandro Gisotti, a repórteres.

O muro de fronteira é novamente um tópico de destaque nos Estados Unidos, que se vê em meio a uma paralisação parcial do governo à medida que o agora presidente Trump insiste que qualquer legislação para reabrir completamente o governo inclua recursos para a barreira.

Desde o meio de outubro, milhares de cidadãos da América Central, principalmente de Honduras, têm atravessado o México em uma caravana, muitos andando a maior parte do caminho, para tentar chegar aos Estados Unidos.

Nessa época, Francisco denunciou "uma onda de fechamento em direção aos estrangeiros".

Muitos imigrantes estão buscando asilo, afirmando sofrer violências e violações de direitos humanos em seus países de origem. Esses tópicos também devem ser abordados durante a viagem, segundo assessores papais.

Francisco, de 82 anos, agora no sexto ano de seu papado, também deve visitar uma prisão juvenil e um hospital para tratamento de Aids.

A Jornada Mundial da Juventude, realizada em uma cidade diferente a cada três anos, foi apelidado de "Woodstock católico", uma grande festa em que jovens celebram sua fé e discutem questões sociais.

Cerca de 150 mil pessoas se registraram para o evento deste ano, que será realizado apenas pela terceira vez na América Latina desde que foi criado pelo falecido papa João Paulo 2º em 1985.

Centenas de milhares de pessoas devem comparecer à missa final que será realizada em um parque no domingo e aberta para todos os moradores e visitantes do país de 4 milhões de habitantes, dos quais 89 por cento são católicos.

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