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Venezuelanos expatriados se unem em votação extraoficial contra Maduro

16 jul 2017 - 13h11
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Venezuelanos expatriados começaram a votar em centenas de cidades ao redor do mundo neste domingo, em um plebiscito extraoficial, que visa desafiar o presidente Nicolás Maduro e seus planos para reescrever a Constituição.

Com zonas eleitorais improvisadas em mais de 80 países, os expatriados Venezuelanos devem comparecer em peso para a votação, que acontece em meio a três meses de protestos contra o governo que deixaram quase 100 mortos.

Os manifestantes dizem que Maduro está buscando consolidar uma ditadura no país e deve ser impedido antes que a escassez de alimentos e medicamentos essenciais piore.

A votação simbólica foi projetada para evitar que as eleições oficiais, em 30 de julho, convoquem uma Assembleia Constituinte, que poderá reescrever a Constituição e dissolver as instituições do Estado.

O voto não vinculante, convocado pela Assembleia Nacional, o órgão legislativo controlado pela oposição, perguntará aos venezuelanos três questões: se eles rejeitam a Assembleia Constituinte, se desejam que as Forças Armadas defendam a atual Constituição e se querem eleições antes do final do mandato de Maduro.

No centro de Madri, onde vários conhecidos críticos do governo estão entre os 30 mil venezuelanos que devem votar ao longo do dia, os voluntários administravam as seções eleitorais em meio a uma atmosfera festiva.

Mitzy Capriles, esposa do ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, que está atualmente preso na Venezuela sob acusações de conspiração, disse que os expatriados venezuelanos estão unidos na rejeição do atual governo.  

"Com isto (o voto), estamos dizendo a Nicolás Maduro mais uma vez que ele é a causa dos problemas que o país enfrenta hoje", disse aos repórteres após votar em Madri.

Em Roma, Leopoldo López Gil, pai do proeminente líder opositor Leopoldo López, que recentemente foi para a prisão domiciliar após grandes protestos, disse que a natureza pacífica da votação contrastava com a violência usada pelo governo na Venezuela.

"Hoje estamos nos reunindo pacificamente para enviar uma mensagem (que o governo venezuelano) precisa ouvir... e abrir seus olhos e ver o que está acontecendo e o que o povo da Venezuela quer", disse López aos jornalistas.

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