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Mundo

Vaticano critica Itália por rejeitar pacto sobre migração

Cardeal Pietro Parolin também fez discurso na COP24

4 dez 2018 - 18h15
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O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, lamentou nesta terça-feira (4) a decisão do governo da Itália de não assinar o "Global Compact for Migration", pacto das Nações Unidas (ONU) sobre migração segura.

Vaticano critica Itália por rejeitar pacto sobre migração
Vaticano critica Itália por rejeitar pacto sobre migração
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

    "Não tenho comentários, mas lamento que a Itália e outros Estados estejam ausentes na assinatura do Pacto Global sobre migração", disse o religioso.

    Parolin espera que essa decisão "não comprometa o compromisso da comunidade internacional, porque esses problemas precisam de respostas comuns e globais". O acordo intergovenamental, que se compromete em desenvolver um pacto para migração segura, ordenada e dentro da lei, deve ser ratificado mundialmente durante uma conferência em Marrakech, no Marrocos, entre 10 e 11 de dezembro. No entanto, o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, disse que não participará do evento nem se juntará ao tratado enquanto o Parlamento não se pronunciar.

    "O pacto Global em si não é um requisito, mas é um bom quadro para lidar e fazer uma narrativa diferente sobre a migração", acrescentou Parolin, ressaltando que a "Santa Sé colaborou com este documento em uma medida decisiva". Durante entrevista com jornalistas, o cardeal também foi questionado sobre a aprovação do polêmico Decreto Salvini, que uma de suas principais medidas é a restringir a proteção humanitária. "A posição do Vaticano é muito clara: um profundo sentido de solidariedade deve prevalecer. Não podemos colocar as pessoas nesta situação. As pessoas e seus direitos devem estar sempre no centro", finalizou. COP24 Nesta segunda-feira (3), Parolin fez um discurso na 24ª Conferência da ONU para Mudança Climática e alertou que este cenário das alterações do clima no mundo exige uma ação urgente.

    O secretário de Estado vaticano afirmou que ainda é possível "limitar" o aquecimento global, mas para fazer isso será necessário uma "clara, perspicaz e forte vontade política".

Ansa - Brasil   
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