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"Vamos às ruas defender nossa independência", diz Maduro

Presidente da Venezuela garante que 'a paz triunfará' no país

23 fev 2019 - 13h02
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse, em sua conta oficial do Twitter, que Caracas e todas as cidades do país estarão mobilizadas para defender a independência da nação. "Hoje a cidade está mobilizada em Caracas e em todas as cidades do país. Todos nós vamos às ruas para defender nossa independência, com consciência e alegria. Não haverá guerra na terra natal de Bolívar e Chávez, a paz triunfará aqui. Venezuela respeita!", disse Maduro na publicação.

Presidente da Venezuela Nicolás Maduro rodeado por militares em base em Caracas em janeiro deste ano
30/01/2019
Miraflores Palace/Handout via REUTERS
Presidente da Venezuela Nicolás Maduro rodeado por militares em base em Caracas em janeiro deste ano 30/01/2019 Miraflores Palace/Handout via REUTERS
Foto: Reuters

Neste sábado, membros da oposição venezuelana lideram uma operação de entrega de cerca de 200 toneladas de alimentos e suprimentos médicos à população. A delegação irá tentar atravessar as fronteiras do país com a Colômbia e o Brasil, que estão fechadas por ordens do presidente Nicolás Maduro. A estratégia da oposição é levar o auxílio por meio de três ações simultâneas, com eventos na Colômbia, assistência prestada por via marítima e através da fronteira da Venezuela com o Brasil.

Maduro recusou a entrada da ajuda de outros países e ordenou o fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil. Desde o último sábado, a região fronteiriça da Venezuela com a Colômbia também está sob vigia das Força Armada Nacional da República Bolivariana da Venezuela (FANB), guarda militar do país.

Entenda o conflito na Venezuela

O sucessor chavista Nicolás Maduro tomou posse do segundo mandato em 10 de janeiro de 2019. No dia 23, Juan Guaidó, líder da Assembleia Nacional, de maioria opositora e com poder legislativo cassado pelo Tribunal Supremo de Justiça, se proclamou presidente interino. A partir daí, a comunidade internacional se dividiu entre reconhecer quem é o mandatário no poder.

Para os críticos do presidente Nicolás Maduro, muitos membros da oposição foram impedidos de se candidatar às eleições presidenciais de maio de 2018, que elegeram o sucessor de Hugo Chávez para um segundo mandato de mais seis anos no poder. O resultado das urnas não foi reconhecido pelos opositores nem por alguns países da comunidade internacional.

Em janeiro de 2019, quando Maduro tomou posse, a Assembleia Nacional não reconheceu o mandato e considerou oficialmente o chavista um "usurpador". No dia 23, quando a população venezuelana comemora o fim da ditadura de Marco Pérez Jiménez, opositores, sob a liderança do recém-eleito presidente do Parlamento, Juan Guaidó, foram às ruas em diversas regiões do país. Apoiadores chavistas também se manifestaram em apoio ao governo.

Veja também:

Maduro anuncia fechamento da fronteira com o Brasil a partir das 20h:
Estadão
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