"Vamos às ruas defender nossa independência", diz Maduro
Presidente da Venezuela garante que 'a paz triunfará' no país
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse, em sua conta oficial do Twitter, que Caracas e todas as cidades do país estarão mobilizadas para defender a independência da nação. "Hoje a cidade está mobilizada em Caracas e em todas as cidades do país. Todos nós vamos às ruas para defender nossa independência, com consciência e alegria. Não haverá guerra na terra natal de Bolívar e Chávez, a paz triunfará aqui. Venezuela respeita!", disse Maduro na publicação.
Neste sábado, membros da oposição venezuelana lideram uma operação de entrega de cerca de 200 toneladas de alimentos e suprimentos médicos à população. A delegação irá tentar atravessar as fronteiras do país com a Colômbia e o Brasil, que estão fechadas por ordens do presidente Nicolás Maduro. A estratégia da oposição é levar o auxílio por meio de três ações simultâneas, com eventos na Colômbia, assistência prestada por via marítima e através da fronteira da Venezuela com o Brasil.
Maduro recusou a entrada da ajuda de outros países e ordenou o fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil. Desde o último sábado, a região fronteiriça da Venezuela com a Colômbia também está sob vigia das Força Armada Nacional da República Bolivariana da Venezuela (FANB), guarda militar do país.
Entenda o conflito na Venezuela
O sucessor chavista Nicolás Maduro tomou posse do segundo mandato em 10 de janeiro de 2019. No dia 23, Juan Guaidó, líder da Assembleia Nacional, de maioria opositora e com poder legislativo cassado pelo Tribunal Supremo de Justiça, se proclamou presidente interino. A partir daí, a comunidade internacional se dividiu entre reconhecer quem é o mandatário no poder.
Para os críticos do presidente Nicolás Maduro, muitos membros da oposição foram impedidos de se candidatar às eleições presidenciais de maio de 2018, que elegeram o sucessor de Hugo Chávez para um segundo mandato de mais seis anos no poder. O resultado das urnas não foi reconhecido pelos opositores nem por alguns países da comunidade internacional.
Em janeiro de 2019, quando Maduro tomou posse, a Assembleia Nacional não reconheceu o mandato e considerou oficialmente o chavista um "usurpador". No dia 23, quando a população venezuelana comemora o fim da ditadura de Marco Pérez Jiménez, opositores, sob a liderança do recém-eleito presidente do Parlamento, Juan Guaidó, foram às ruas em diversas regiões do país. Apoiadores chavistas também se manifestaram em apoio ao governo.
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