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Coronavírus

Vacina será testada em humanos na Itália a partir de julho

Projeto está em desenvolvimento pela empresa ReiThera

2 mai 2020 - 17h35
(atualizado às 18h07)
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O diretor de saúde do Instituto Lazzaro Spallanzani, principal referência em doenças infecciosas da Itália, afirmou neste sábado (2) que há um planejamento para iniciar os testes em humanos de uma candidata a vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) a partir de julho. Segundo Francesco Vaia, "o Instituto está montando uma área do hospital que será especificamente dedicada à administração da vacina a voluntários saudáveis, em conformidade com todas as garantias de segurança".

Vacina será testada em humanos na Itália a partir de julho
Vacina será testada em humanos na Itália a partir de julho
Foto: L N on Unsplash

"Se os primeiros testes forem bem-sucedidos, em 2021, eles realizarão à administração da vacina em um grande número de pessoas em risco e, espero, que seja para demonstrar sua eficácia", afirmou. De acordo com Vaia, a vacina está em desenvolvimento pela empresa ReiThera, com sede na região metropolitana de Roma, e "diferentemente das vacinas tradicionais, as genéticas não usam um microrganismo inativo ou parte dele, mas o gene que codifica o antígeno do microrganismo que você deseja neutralizar". "Para a Sars-Cov-2, pensamos em um gene que codifica uma proteína de superfície que permite a entrada do vírus nas células, o 'spikè'. Uma vez inserido nas células do corpo, esse gene induz a produção da proteína 'spikè', que por sua vez estimula a produção imune contra o coronavírus", explicou. Para esse experimento foi necessária a alocação de 8 milhões de euros, sendo 5 milhões a serem pagos pela região do Lazio, transferidos para o Spallanzani, e 3 milhões a serem pagos pelo Ministério da Universidade e Pesquisa Científica.

O projeto da vacina "made in Italy" ocorre em decorrência de um protocolo entre o governador da região do Lazio, Nicola Zingaretti, o ministro da Saúde, Roberto Speranza, o ministro da Universidade e Pesquisa Científica, Gaetano Manfredi, o Conselho Nacional de Pesquisa e o Instituto Spallanzani.

Ansa - Brasil   
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