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Mundo

Usaremos todos os meios contra o terrorismo, diz premiê francês

Castex ainda informou que as vítimas não correm risco de morte

25 set 2020 - 11h07
(atualizado às 14h49)
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O primeiro-ministro da França, Jean Castex, deu sua primeira coletiva de imprensa após o esfaqueamento de quatro pessoas em uma área próxima à antiga sede do jornal satírico "Charlie Hebdo" nesta sexta-feira (25) e afirmou que o país usará "todos os meios" para combater o terrorismo.

Ataque deixou 4 feridos em Paris nesta sexta-feira
Ataque deixou 4 feridos em Paris nesta sexta-feira
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Castex ressaltou que "continua firme" a sua vontade "de lutar com todos os meios possíveis contra o terrorismo" e de que o episódio serve também para "o governo expressar seu apego à liberdade de imprensa e para afirmar à nação nossa plena mobilização".

O premiê lembrou também a ação ocorrida no prédio há 5 anos, que acabou com a morte de 12 pessoas. "Este ataque ocorre em um lugar simbólico no momento em que o julgamento dos ataques ultrajantes contra o 'Charlie Hebdo' está acontecendo", acrescentou lembrando das sessões que começaram em 2 de setembro.

Questionado pelos jornalistas sobre o estado de saúde de duas vítimas, que foram levadas em estado grave para o hospital, Castex garantiu que elas não correm risco de vida. Os dois seriam jornalistas da agência de notícias Première Ligne (PLTV), que manteve sua redação no prédio mesmo depois do atentado contra o jornal satírico em 2015.

Já o procurador nacional Antiterrorismo, Jean-François Ricard, explicou na coletiva que o caso está sendo tratado com foco no terrorismo por três fatores principais.

O primeiro é o local do ataque, que é conhecido mundialmente por ser palco de uma ação terrorista em 2015; o segundo é o "momento", já que a Justiça do país começou o julgamento formal da ação de cinco anos atrás; e o terceiro e a "materialização dos fatos", ou seja, o "desejo de atentar contra a vida de pessoas sobre as quais nada sabiam".

Ricard ainda explicou o motivo da polícia ter feito duas prisões, se considera que apenas um homem esfaqueou as quatro vítimas. "O agressor principal está preso, sob custódia policial e uma segunda pessoa também está sob custódia para verificar quais os seus vínculos com o autor principal", explicou aos jornalistas.

Enquanto ocorria a coletiva de imprensa, a polícia informou que encontrou a arma do ataque, um cutelo de cozinha, próximo ao local onde o segundo suspeito foi preso.

- Charlie Hebdo se manifesta:

Após os ataques, o jornal satírico usou as suas redes sociais para prestar solidariedade às vítimas. "Toda a equipe do Charlie exprime seu apoio e solidariedade aos seus ex-vizinhos e irmãos da PLTV e os demais atingidos por esse odioso ataque", escreveu a publicação no Twitter. .

Ansa - Brasil   
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