PUBLICIDADE

Mundo

UE reduz projeção de crescimento da economia da Itália

Além disso, Bruxelas aumentou estimativa para o déficit

8 nov 2018 - 10h49
Compartilhar
Exibir comentários

A Comissão Europeia reduziu nesta quinta-feira (8) sua projeção de crescimento para a economia da Itália em 2019 e aumentou as estimativas para o déficit fiscal no país, em meio ao braço de ferro com Roma por causa de sua lei orçamentária.

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, não pretende voltar atrás sobre déficit
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, não pretende voltar atrás sobre déficit
Foto: ANSA / Ansa - Brasil

Segundo o poder Executivo da União Europeia, o Produto Interno Bruto Italiano (PIB) deve crescer 1,1% no ano que vem, 0,2 ponto percentual a menos que a previsão anterior. Por outro lado, a UE elevou de 1,1% para 1,2% a projeção de expansão para 2020.

Além disso, Bruxelas prevê um déficit estrutural (que exclui medidas emergenciais e efeitos da conjuntura) de 3% do PIB em 2019 e de 3,5% em 2020 - no primeiro semestre, as projeções eram de 1,7% e 2%, respectivamente.

Os números estão acima da meta do governo (2,4% e 2,1%) e bastante além do objetivo fixado pela Comissão Europeia, que exige da Itália um déficit estrutural pouco superior a 1% para que o país inicie um percurso de redução da dívida, hoje a quarta maior do mundo, em 132% do PIB.

"Os riscos sobre a previsão do déficit incluem taxas mais altas sobre os títulos de Estado, cortes menores que o previsto e despesas mais elevadas", diz a Comissão Europeia. O governo italiano decidiu aumentar o déficit para financiar promessas eleitorais, como a renda de cidadania e a reversão da reforma previdenciária.

As medidas, no entanto, arriscam fazer disparar a dívida italiana, causando em Bruxelas o temor de uma nova crise nos moldes da grega, mas agora com uma economia muito maior. O governo, por sua vez, alega que seu orçamento para 2019 é expansionista e que o crescimento da economia compensará possíveis efeitos negativos.

A UE já rechaçou a lei orçamentária italiana e deu até meados de novembro para Roma apresentar uma nova versão, porém o governo não deu sinais de que pretenda voltar atrás.

Ansa - Brasil   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade