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Mundo

UE e EUA encerram disputa tarifária sobre Airbus e Boeing

Acordo suspende sobretaxas alfandegárias por cinco anos

15 jun 2021 - 11h17
(atualizado às 11h44)
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Os Estados Unidos e a União Europeia confirmaram nesta terça-feira (15) um acordo para suspender por cinco anos a aplicação de sobretaxas alfandegárias ligadas à disputa sobre os subsídios para Boeing e Airbus, respectivamente.

Joe Biden entre os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel
Joe Biden entre os presidentes da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do Conselho Europeu, Charles Michel
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O objetivo é dar tempo para Washington e Bruxelas alcançarem um pacto definitivo que evite a escalada tarifária. "Isso abre um novo capítulo em nossas relações porque saímos de uma disputa para a colaboração, após 17 anos de controvérsia", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

O acordo foi anunciado após uma reunião do mandatário dos EUA, Joe Biden, com representantes das instituições europeias em Bruxelas. "Nossa parceria transatlântica está alcançando velocidade de cruzeiro. Isso mostra o novo espírito de cooperação entre a UE e os Estados Unidos", acrescentou Von der Leyen.

Os EUA e a União Europeia se acusam mutuamente de conceder subsídios às empresas aeroespaciais Boeing e Airbus. Devido à disputa, a Organização Mundial do Comércio (OMC) havia autorizado os Estados Unidos e a UE a aplicarem sobretaxas de US$ 7,5 bilhões e de US$ 4 bilhões contra produtos europeus e americanos, respectivamente.

No caso dos EUA, as tarifas miravam aviões comerciais da Airbus e diversos produtos alimentares da UE, como vinhos franceses, azeitonas gregas e queijos italianos. A União Europeia, por sua vez, havia sobretaxado itens como aeronaves, ketchup, queijo cheddar e videogames.

"O acordo sobre a Boeing e a Airbus é uma reviravolta importante", afirmou Biden, que disse que o compromisso ajudará EUA e UE a enfrentarem a competição chinesa. "Vamos trabalhar juntos para combater as práticas não-comerciais da China neste setor", ressaltou.

Ansa - Brasil   
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