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Mundo

UE derruba limite de gastos para Estados-membros

Países terão liberdade para colocar dinheiro contra pandemia

20 mar 2020 - 14h40
(atualizado às 14h42)
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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta sexta-feira (20) a ativação da cláusula de salvaguarda do Pacto de Estabilidade e Crescimento, o documento que determina as diretrizes orçamentárias para os países do bloco.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen
Foto: EPA / Ansa - Brasil

Com isso, nas palavras de Von der Leyen, os Estados-membros poderão "bombear [dinheiro] na economia o quanto for necessário". "Estamos relaxando as regras orçamentárias para permitir que eles façam isso", declarou a líder do poder Executivo da União Europeia.

O relaxamento libera, por exemplo, os países de respeitarem o limite estabelecido por Bruxelas para o déficit fiscal, que é de 3% do PIB, beneficiando sobretudo nações altamente endividadas e com dificuldades para encontrar recursos no orçamento, como Itália e Grécia.

O governo italiano já havia afirmado que aumentaria sua meta de déficit fiscal em mais de 1% do PIB, o que faria o país superar o limite de 3%, em função de um gasto extra de 25 bilhões de euros para socorrer a economia dos efeitos da pandemia de coronavírus.

"O coronavírus provocou um efeito dramático na economia. A maioria dos setores foi atingida. Isolamento social é necessário para conter o vírus, mas também desacelera severamente nossa economia", disse Von der Leyen.

"Hoje - e isso é novo, nunca havia sido feito antes -, nós ativamos a cláusula de salvaguarda [do Pacto de Estabilidade]. Isso significa que os governos nacionais vão poder bombear na economia o quanto for necessário", acrescentou.

Ao longo dos últimos dias, a Comissão Europeia já havia flexibilizado a possibilidade de ajuda estatal a empresas privadas, enquanto o Banco Central Europeu (BCE) anunciou um pacote de 750 bilhões de euros para injetar dinheiro na economia.

A UE é o novo epicentro da pandemia de coronavírus e já tem mais casos que a China, onde o vírus começou a se espalhar.

Ansa - Brasil   
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