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Mundo

UE dá multa de quase 1 bilhão de euros a Qualcomm por caso Apple

Empresa pagou para cliente não comprar produtos dos rivais

24 jan 2018 - 10h53
(atualizado às 11h19)
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A Comissão Europeia puniu em 997 milhões de euros a empresa norte-americana Qualcomm por "abusar de posição dominante no mercado" em um caso envolvendo a Apple.

Margrethe Vestager anunciou punição para Qualcomm
Margrethe Vestager anunciou punição para Qualcomm
Foto: EPA / Ansa - Brasil

De acordo com a entidade, a companhia pagou milhões de dólares para que a empresa da maçã não comprasse chips de suas rivais.

"A Qualcomm manteve ilegalmente seus rivais fora do mercado por mais de cinco anos", explicou a comissária sobre Concorrência da União Europeia, Margrethe Vestager. Segundo a representante, essa postura "negou aos consumidores e a outras empresas a possibilidade da escolha e da inovação".

O chip produzido pela Qualcomm, a maior produtora do produto no mundo, permitem aos smartphones e aos tablets a possibilidade de se conectar à rede de celular e são usados para a transmissão de dados e voz. Nessa área, há outras empresas que atuam com a tecnologia, como no caso da Intel.

Em 2011, a Qualcomm fez um acordo com a Apple comprometendo-se a enviar valores significativos para que a marca comprasse dela os chips para os iPhones e iPads. O acordo foi renovado em 2013, com prorrogação até 2016, e dizia que esses pagamentos seriam suspensos se a Apple comprasse chips das concorrentes - além da marca precisar devolver parte dos valores já pagos.

"Isso significa que foi negado aos rivais da Qualcomm a disputa por um negócio significativo com a Apple, independentemente do quanto seu produto era bom", explica ainda a Comissão. Segundo a investigação, há documentos que provam que a dona dos iPhones tentou negociar com a Intel, mas o acordo com a Qualcomm "foi um fator material para que isso não acontecesse".

Apenas em setembro de 2016, após o fim do acordo, a Apple começou a comprar parte de seus processadores e chips da Intel.

O valor da multa corresponde 4,9% do faturamento da empresa norte-americana em 2017 e leva em consideração a duração da infração.

Ansa - Brasil   
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