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UE assinará pacto de defesa conjunto para mostrar união pós-Brexit

8 nov 2017 - 16h30
(atualizado às 16h33)
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Ao menos 20 países da União Europeia assinarão na semana que vem um novo pacto de defesa, promovido por França e Alemanha, para financiar e desenvolver equipamentos militares conjuntamente e mostrar força após a decisão britânica de sair do bloco, conhecida como Brexit.

Líderes da União Europeia participam de reunião em Bruxelas
 20/10/2017    REUTERS/Virginia Mayo/Divulgação
Líderes da União Europeia participam de reunião em Bruxelas 20/10/2017 REUTERS/Virginia Mayo/Divulgação
Foto: Reuters

Depois de anos de cortes de gastos na Europa e de uma dependência grande dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), França e Alemanha esperam que o acordo, que será assinado em 13 de novembro em Bruxelas, estreite a colaboração das nações na área da defesa, o que envolveria tropas e armas.

A Estrutura Permanente de Cooperação (Pesco) pode ser o maior avanço na política de defesa da EU em décadas, e pode chegar perto de se equiparar à pujança econômica e comercial do bloco com uma força militar mais poderosa.   

Mas ainda há diferenças entre Paris e Berlim quanto ao que os países legalmente atados pelo pacto deveriam fazer, disseram diplomatas da UE.

A França quer que um grupo central de governos forneça dinheiro e ativos militares à Pesco, além da disposição de intervir no exterior. A Alemanha procurou ampliar o pacto para torná-lo inclusivo, o que alguns especialistas dizem poder torná-lo menos eficaz.

"Isto tem que trazer um nível mais alto de compromisso se for para funcionar", disse uma autoridade da UE, descrevendo a Pesco como um 'casamento de defesa'. "A UE já tem muitos fóruns para discussão".

Até agora França, Alemanha, Itália, Espanha e cerca de 16 outras nações prometeram se unir ao pacto, que pode ser lançado formalmente quando os líderes do bloco se reunirem em dezembro. Alguns outros membros, como Dinamarca, Portugal, Malta e Irlanda, ainda não se comprometeram publicamente.

Mas ficou claro que o Reino Unido, que pretende deixar o bloco em decorrência do referendo do Brexit de junho de 2016, não participaria, segundo autoridades. Londres passou muito tempo tentando impedir uma cooperação de defesa da UE, temendo que isso resultasse em um Exército da união.

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