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Turquia teria fechado acordo para libertar pastor americano

Informação foi revelada pela imprensa norte-americana hoje(11)

11 out 2018 - 16h48
(atualizado às 17h15)
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A Casa Branca estaria com expectativas de que o governo da Turquia libertará nos próximos dias o pastor da Carolina do Norte, Andrew Brunson, preso desde 2016, quando foi acusado de participação em uma tentativa de golpe de Estado ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (11) pela emissora "NBC News", citando autoridades do governo. Segundo a publicação, funcionários de alto escalão da administração de Donald Trump visitaram a Turquia recentemente para tratar o caso.

Turquia teria fechado acordo para libertar pastor americano
Turquia teria fechado acordo para libertar pastor americano
Foto: EPA / Ansa - Brasil

    "Brunson deve ser libertado depois que certas acusações contra ele forem retiradas em sua próxima audiência, marcada para sexta-feira (12)", diz uma fonte à emissora.

    Os detalhes do acordo não foram divulgados, mas, especialistas informaram que a medida inclui um compromisso dos Estados Unidos de aliviar a pressão econômica sobre o governo turco.

    Ainda conforme o artigo, a Casa Branca não está totalmente convencida de que Ancara libertará Brunson, já que, há alguns meses, este mesmo acordo não foi realizado. "Continuamos a acreditar que o pastor Brunson é inocente, e a audiência na sexta-feira é outra oportunidade para o sistema judicial turco de libertar um cidadão norte-americano", disse uma autoridade à NBC.

    Entretanto, a administração do republicano, a embaixada turca em Washington e a família de Brunson não quiseram comentar a publicação. Ontem (10), durante discurso em um instituto de segurança judaico, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que a possível libertação de Brunson seria um passo importante para melhorar as relações com a Turquia.

    O pastor da Carolina do Norte responde por terrorismo e espionagem. Ele foi acusado pelo governo turco de ajudar grupos terroristas na tentativa falha de destituir Erdogan, embora negue as acusações. A administração Trump também tem pressionado a Turquia dizendo que a detenção foi injusta. No último mês de julho, o religioso foi transferido para prisão domiciliar. Caso seja condenado, o réu pode pegar até 35 anos de reclusão.

    Após a divulgação do possível acordo, a lira turca se recuperou fortemente em comparação ao dólar nesta quinta. A moeda da Turquia, que tem sido negociada em alta, subiu 2,7%, registrando o maior nível em 10 dias. No entanto, neste ano, a lira continua em queda de 36%, tornando-se a segunda moeda do mundo com pior desempenho, perdendo apenas para o peso argentino.

Ansa - Brasil   
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